sexta-feira, 14 de março de 2025
Foto: Reprodução
O advogado da família da vítima, Arício Vieira da Silva, emitiu uma nota esclarecendo que a revogação da prisão domiciliar de Renato de Souza não significa liberdade plena. Segundo ele, o acusado segue monitorado eletronicamente e vinculado ao processo. Ele também ressaltou que o Tribunal do Júri será realizado em breve.
"Reiteramos nossa confiança na Justiça e no devido processo legal, aguardando a realização do Tribunal do Júri, que em breve será pautado. Continuamos comprometidos com a assistência de acusação, respeitando a legalidade e a transparência do processo", afirmou Arício Vieira da Silva.
Renato de Souza é acusado de ser o mandante do assassinato do corretor de imóveis Wellington Luiz Ferreira Freitas, de 67 anos. O crime ocorreu em 20 de junho de 2022, quando a vítima foi encontrada carbonizada dentro de uma caminhonete em Rio Verde-GO.
A 4ª Vara Criminal da Comarca de Rio Verde decidiu revogar a prisão domiciliar de Renato de Souza, acusado de homicídio qualificado e fraude processual. A decisão, assinada pelo juiz Cláudio Roberto Costa dos Santos Silva, concedeu liberdade provisória ao acusado, impondo medidas cautelares para garantir seu acompanhamento no processo.
O magistrado considerou que, apesar da gravidade do crime, Renato de Souza tem comparecido aos atos processuais, mantém endereço fixo e não cometeu novas infrações. As condições impostas para sua liberdade incluem:
Manter endereço atualizado nos autos;
Comparecer às intimações judiciais e policiais;
Não se ausentar da comarca por mais de sete dias sem autorização;
Uso de tornozeleira eletrônica;
Não cometer novas infrações penais;
Entregar o passaporte e não sair do país.
O descumprimento dessas regras pode resultar na revogação da liberdade provisória e na prisão imediata do acusado. A decisão também autorizou a retirada temporária da tornozeleira eletrônica para a realização de um exame de ressonância magnética.
Prisões de Renato de Souza
O Jornal Somos apurou que, Renato de Souza foi preso em 19 de julho de 2022 e permaneceu em regime fechado até 19 de dezembro de 2023. A defesa alegou problemas de saúde e obteve prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica para tratamento pós-operatório de uma lesão nos ombros.
Em 19 de agosto de 2024, a Justiça converteu a prisão domiciliar em regime fechado, mas a defesa recorreu e, dois dias depois, Renato voltou ao regime domiciliar integral.
Na última segunda-feira (10/03), a Justiça concedeu ao réu liberdade provisória, com uso de tornozeleira eletrônica e demais obrigações judiciais.
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