quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Após o não-pagamento dos salários no Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO), os funcionários resolveram realizar uma paralização a partir de hoje (23). Foi realizada uma assembleia na última quinta-feira (18) em frente ao Hospital, onde enfermeiros e técnicos de enfermagem decidiram que caso os salários não fossem regularizados até ontem (22), a paralização seria oficializada.
O Instituto de Gestão em Saúde (Gerir), responsável pela administração do Hugo, foi notificada na sexta-feira (19) sobre a decisão dos servidores. Os salários referentes ao mês de setembro deveriam ter sido pagos até o quinto dia útil desse mês, mas segundo os mais de 500 trabalhadores, os atrados são constantes e o pagamento ainda não foi efetuado.
O Ministério Público já havia protocolado uma ação civil pública para tentar garantir o pagamento dos salários. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde/GO), Flaviana Alves, explica que os atrasos já acontecem há pelo menos dois anos e que isso tem penalizado os servidores.
Cada mês de atraso resulta em uma multa de R$ 700 mil para a Gerir, mas uma liminar garantiu à Organização Social (OS) e ao estado uma suspensão provisória da multa.
Além da falta de pagamento dos salários, outro fator que foi decisivo na formalização da paralização é a falta de condições de trabalho. No dia 24 de setembro, o Hospital de Urgências de Goiânia foi interditado pela Superintendência Regional do Trabalho de Goiás (SRTE/GO) por falta de medicamentos e insumos, incluindo luvas, seringas, curativos e pomadas.
A paralisação é gradativa e inicialmente, estarão suspensos apenas os serviços de condução de pacientes intra-hospitalar e cirurgias eletivas.
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