Nesta quinta-feira (1º), a Polícia Federal (PF) realizou a Operação Galopeira, contra o tráfico internacional de drogas e apreendeu dinheiro e carros de luxo em Rio Verde, Goiânia, Trindade, e Ponta Porã (MS). As investigações apontaram que pessoas que faziam o contrabando de cigarro e agrotóxicos começaram a transportar produtos químicos que são misturados à cocaína. As contas bancárias dos investigados também foram bloqueadas.

Essa é a terceira investigação que acontece em Rio Verde nesta semana. A primeira foi realizada pela Polícia Civil (PC) sobre o desvio de grãos de uma multinacional do município, saiba mais sobre o caso. A segunda aconteceu ainda ontem (30), também em operação da PC, desta vez em  combate à sonegação fiscal.

A Polícia Federal identificou, ao longo da investigação, que indivíduos que contrabandeavam produtos do Paraguai e possuíam antecedentes criminais por esses delitos ampliaram o rol de mercadorias ilícitas contrabandeadas e passaram a traficar para o Brasil produtos químicos controlados.

Os policiais informaram que os criminosos colocavam produtos como lidocaína e cafeína em embalagens de agrotóxico para esconder em caso de fiscalização. Esses produtos causam um efeito anestésico ou estimulante e eram usados para aumentar a quantidade da cocaína que seria vendida.  Apesar de ser crime o contrabando de agrotóxico, a pena é menor do que a de tráfico internacional de drogas.

Nas embalagens havia uma marcação discreta com a primeira letra da substância contida e que seria usada na mistura da droga.

No total são 80 policiais cumprindo 19 mandados nas cidades goianas e no Mato Grosso do Sul. Os investigados devem responder por tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e contrabando. Somado os crimes, a pena é de, no mínimo, 10 anos.