quinta-feira, 28 de março de 2024

Padrasto acusado de espancar bebê até a morte em Rio Verde é condenado a 29 anos de prisão

POR Thaynara Morais | 06/05/2022
 Padrasto acusado de espancar bebê até a morte em Rio Verde é condenado a 29 anos de prisão

Reprodução/TV Anhanguera

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Foi condenado padrasto acusado de espancar o enteado de 1 ano e 8 meses até a morte em Rio Verde. Após cerca de 11 horas de júri, Wisley Serafim dos Santos, teve a condenação de 29 anos e 8 meses de prisão em regime fechado. A defesa informou que vai recorrer.

 

 

 

O bebê, Davi Lucas Alves, morreu no dia 31 de agosto de 2020 e o júri ocorreu na última quinta-feira (05/05). Segundo o delegado que recebeu o caso, Stanislao Montserrat, o padrasto ficou sozinho com a criança, que veio à óbito, e outro bebê, de 6 meses, pelo período de 16h às 18h, enquanto a mãe estava na casa de uma tia, com a filha mais velha, de 3 anos de idade.

 

 

 

As agressões ocorreram quando, próximo de 18h, o bebê começou a chorar pela mãe. “Ele ficou chorando querendo a mãe. Eu falei, ‘não, fi, precisa chorar não, vai brincar’. Aí ele começou a sapatear. Aí eu fui, coloquei ele aqui dentro, bati nele, com a mão e o chinelo”, disse o suspeito em depoimento à equipe policial. Entenda o caso.

 

 

 

Ao notar que a criança estava desfalecida, o autor tentou reanima-la com um banho, porém sem sucesso. “Quando a mãe chegou, eles falaram que o bebê ainda estava vivo. Ela disse que não percebeu nada estranho, mas por volta das 19h, foram dar comida e viram que ele já estava gelado e ligaram para o Corpo de Bombeiros. Os Bombeiros, ao perceberem sinais de agressão, acionaram a PC, que encaminhou o perito do IML e aí constatamos que se tratava de um homicídio”, relatou o delegado Stanislao Montserrat.

 

 

 

O homem foi condenado por homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, meio cruel de forma que dificultou a defesa da vítima. Houve também aumento de pena por fraude processual penal e tortura.

 

 

 

De acordo com o G1, a defesa do acusado argumentou que não houve homicídio e pede que Wisley responda por lesão corporal seguida de morte.

 

 

 

"O conselho de sentença entendeu que o caso era de homicídio. Em relação a tipificação está decidido, e a defesa não questionará a decisão dos jurados, apenas recorrerá da decisão do juiz, no que toca a quantidade de pena", disse o advogado Felipe Mendes Vilela.

 

 

 

Ainda segundo o advogado, o argumento é embasado no depoimento das testemunhas e do réu, este confessou que praticou a conduta, mas não o homicídio.

 

 

 

"Na concepção dele, ele estaria educando a criança de forma exagerada”, finalizou o advogado.

 

 

 

Uma das testemunhas do júri e pediu justiça pelo neto.

 

 

 

A mãe do bebê é ré por omissão de tortura, porém responde em liberdade, e é monitorada por tornozeleira eletrônica.

 

 

 

Agressões

 

A avó da criança, Marta Gomes, disse que as agressões eram frequentes. Ela ainda disse que pediu o Conselho Tutelar por três vezes para visitar a família.

 

 

 

Uma conselheira tutelar informou em depoimento ao júri que em duas visitas na residência nenhuma irregularidade foi encontrada.

 

 

 

Na época, as investigações da Polícia Civil, chefiadas pelo delegado Danilo Fabiano Carvalho, apontaram que o bebê já havia sido agredido outras vezes pelo padrasto.

 

 

 

Ainda segundo as apurações, a mãe tinha conhecimento dessas atitudes violentas do companheiro com o filho, porém não agiu para separá-los, devido a isso ela também foi denunciada.

 

 

 

Uma vizinha ainda relatou durante as apurações já ter ouvido o neném ser agredido.

 

 

Com informações do G1

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