quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Um bebê de um ano e oito meses morreu, na noite desta segunda-feira (31), após ser agredido por seu padrasto, um homem de 23 anos, no Setor Pausanes, em Rio Verde. O suspeito, que está preso e será indiciado por homicídio qualificado por motivo fútil, informou à Polícia que bateu na criança, desferindo também um murro no estômago e chineladas na boca.
Segundo o delegado que recebeu o caso, Stanislao Montserrat, o padrasto ficou sozinho com a criança, que veio à óbito, e outro bebê, de 6 meses, pelo período de 16h às 18h, enquanto a mãe estava na casa de uma tia, com a filha mais velha, de 3 anos de idade.
As agressões ocorreram quando, próximo de 18h, o bebê começou a chorar pela mãe. “Ele ficou chorando querendo a mãe. Eu falei, ‘não, fi, precisa chorar não, vai brincar’. Aí ele começou a sapatear. Aí eu fui, coloquei ele aqui dentro, bati nele, com a mão e o chinelo”, disse o suspeito em depoimento à equipe policial.
Ao notar que a criança estava desfalecida, o autor tentou reanima-la com um banho, porém sem sucesso. “Quando a mãe chegou, eles falaram que o bebê ainda estava vivo. Ela disse que não percebeu nada estranho, mas por volta das 19h, foram dar comida e viram que ele já estava gelado e ligaram para o Corpo de Bombeiros. Os Bombeiros, ao perceberem sinais de agressão, acionaram a PC, que encaminhou o perito do IML e aí constatamos que se tratava de um homicídio”, relatou o delegado Stanislao Montserrat.
O padrasto tentou modificar a versão dos fatos com a chegada da Polícia Militar e do Instituto Médico Legal, mas, posteriormente, confessou o ocorrido. O suspeito foi preso e a mãe da criança foi encaminhada à Delegacia de Polícia para ser ouvida. “Aqui na delegacia eles estão estranhos, ele disse que bateu, mas não era pra matar, que tá arrependido, mas não parece isso. Ela também não expressa muita coisa”, revelou o delegado Montserrat.
O Capitão Halisson Oliveira, Comandante da CPE em Rio Verde, afirmou à imprensa que o acionamento dos policiais realizado pela equipe de salvamento foi muito relevante, uma vez que não se tratava de um óbito por causas naturais. “A atitude dos Bombeiros e do SAMU foi de extrema importância, ao perceberem que essa criança não teria tido uma morte natural. A partir do momento que nos acionaram, as equipes do CPE se deslocaram até o local. Nós podemos observar a criança, vimos que existiam sinais ali de violência”, disse.
O caso gerou uma imensa comoção social. “Como foi uma entrevista delongada porque ele resistira em contar a verdade, ele tinha uma história cobertura, uma mentira, muitas pessoas foram se aglomerando ali na residência. Mas no momento em que ele saiu algemado, e perceberam que realmente ele contou a verdade, os populares se rebelaram e tentaram linchar o indivíduo. Com todo o entendimento da nossa parte, porque, sem sombra de dúvidas, é um crime que traz clamor e até mesmo pela forma como ele declarou, a frieza com que ele declarou como ele agrediu essa criança até levá-la à óbito”, contou o Cap. Halisson Oliveira.
Com informações da CPE Rio Verde, Olha Goiás e G1 Goiás
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