O bebê recém-nascido abandonado, ainda com o cordão umbilical, em uma calçada do Bairro Medeiros, em Rio Verde, recebeu alta do hospital e já foi levado à uma nova família. A criança foi encontrada, dessa forma, na última terça-feira (14), e desde então estava internada na Maternidade Augusta Bastos para se tratar de uma infecção no sangue.

A identidade dos novos pais não foi revelada, mas a família já estava inserida no Cadastro Nacional de Adoção (CNA) e apta para vivenciar este estágio de convivência, conforme informou Ludmilla Martins, presidente do Conselho Tutelar de Rio Verde.

“O processo de adoção segue uma ordem cronológica. Esse casal habilitado já estava dentro do Cadastro Nacional de Adoção, então existe aquele período probatório, que é aquele em que você se adapta à criança e à família. Não significa que esse casal ficará com a criança, mas geralmente sempre dá certo. É claro que o judiciário continuará fazendo as visitas periódicas, mas eu creio que ao longo do tempo desse processo essa família ficará, sim, com essa criança”, afirma a Conselheira.

Apesar da previsão inicial e legal de encaminhamento à uma instituição de acolhimento, neste caso o magistrado responsável entendeu ser melhor o direcionamento da criança já para a família substituta.

“Como não sabe quem são os pais, o bebê não pode ficar sem alguém para cuidar. O que acontece a princípio é que o bebê seria acolhido, mas como existe uma ordem cronológica, o juiz entendeu que era interessante já colocar o bebê em uma família substituta nesse primeiro momento. É claro que existe um processo de adoção que ele terá de seguir, mas nesse primeiro momento a melhor coisa seria colocar ele na família que o acolheu e deu amor”, explica Ludmilla.

A investigação criminal para descobrir quem são os pais da criança e quem a abandonou, responsabilizando penalmente os autores, está em andamento. Segundo o Dr. Danilo Fabiano, delegado responsável pelo Grupo de Investigação de Homicídios (GIH), equipes policiais estão efetuando um levantamento de provas por meio da oitiva de testemunhas e análises de câmeras.

Além disso, a Secretaria Municipal de Saúde está elaborando um levantamento de mulheres que estavam grávidas na cidade e que possivelmente deram à luz no mesmo período do abandono, como forma de auxiliar no processo investigatório.

Mesmo com estas diligências, o delegado pede também o apoio da população para denunciarem, à Polícia Civil, qualquer informação que obtiverem sobre o acontecimento, por meio do 197, dos telefones 3620-0974 e 3620-0985, ou ainda pelo WhatsApp Denúncia, no (62) 8499-0359.

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