segunda-feira, 19 de maio de 2025
Foto: Carol Morais / Jornal Somos
Um projeto que pede pela redução de 175 mil hectares do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, que passaria de 240 mil para 65 mil hectares, foi apresentado à Câmara dos Deputados pelo deputado federal Delegado Waldir (PSL-GO). Segundo o político, o Decreto 14.471/2017, assinado pelo ex-presidente Michel Temer no Dia Mundial do Meio Ambiente, está prejudicando os agricultores daquela região.
O Decreto de 2017 foi a legislação que fez com que o Parque da Chapada dos Veadeiros passasse a ter 240 mil hectares, abrangendo os municípios de Alto Paraíso de Goiás, Cavalcante, Nova Roma, Teresina de Goiás e São João da Aliança. A medida foi estabelecida com o intuito de aumentar a representatividade de ambientes protegidos, garantir a perenidade dos serviços ecossistêmicos, auxiliar na estabilidade ambiental da região e gerar desenvolvimento de atividades de recreação e turismo ecológico.
O autor da proposta de redução dos hectares, Delegado Waldir, argumentou, no texto do Projeto, que “apesar de o Parque contribuir com a preservação ambiental, ressalta-se que o aumento desmedido de seu tamanho prejudica os agricultores na região”. Além disso, para ele, a assinatura do Decreto de aumento da área do Parque foi uma atitude “exagerada” de Temer.
No momento, o projeto do deputado federal aguarda o despacho do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para ser recepcionado. Enquanto permanece em espera, a proposta é votada pela população na enquete realizada pelo site da Câmara, onde já possui a rejeição de 99% dos votantes, que afirmaram “discordar totalmente” da medida.
Alerta vermelho no relatório do clima
A Organização das Nações Unidas (ONU), por meio de seu secretário-geral, António Guterres, considerou o relatório sobre o clima, publicado nesta segunda-feira (9), pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), como um “alerta vermelho” para as energias fósseis que “destroem o planeta”.
Os dados constantes no documento, que avalia de forma científica os últimos sete anos, deverão “significar o fim do uso do carvão e dos combustíveis fósseis, antes que destruam o planeta”, conforme anunciado por Guterres, que ainda pediu para que nenhuma central de carvão fosse construída depois de 2021 e afirmou que “os países também devem acabar com novas explorações e produção de combustíveis fósseis, transferindo os recursos desses combustíveis para a energia renovável”.
De acordo com o relatório, o limiar do aquecimento global, de mais de 1,5º centígrado, será atingido em 2030, ou seja, dez anos antes do que havia sido projetado anteriormente, o que insere a humanidade em risco com a possibilidade de passar por novos desastres “sem precedentes”.
(Com informações do Jornal Opção e G1)
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