quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
A Universidade Federal do Paraná (UFPR) identificou a presença do vírus da Covid-19 no organismo de dois cães em Curitiba/PR. Estes são os primeiros casos confirmados em cachorros no Brasil, segundo informado pela universidade, que é responsável pela testagem de animais em seis capitais do país. O mesmo estudo já havia certificado, anteriormente, a primeira infecção do vírus em um gato, na cidade de Cuiabá/MT.
Segundo o professor coordenador da pesquisa, Alexander Biondo, o estudo revelou, até então, que os animais não desenvolvem e não transmitem, aos humanos, a Covid-19. Os municípios que estão efetuando a testagem animal são Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Curitiba (PR), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT) e São Paulo (SP).
O primeiro caso foi notado em um cão macho adulto da raça buldogue francês, em que o dono havia testado positivo e, após, percebei uma secreção nasal em seu animal. Sendo assim, o homem fez um segundo teste e o cachorro, o primeiro. O resultado foi negativo para o tutor e positivo para o buldogue, que possuía uma pequena quantidade do vírus em seu organismo. No outro dia, mais um teste foi efetuado no animal, dessa vez, negativado.
Já a segunda ocorrência foi com um cão macho adulto sem raça definida (RSD), onde a dona também havia testado positivo para o coronavírus. A mulher possui quatro cachorros e, segundo ela, todos apresentaram episódios de espirros, porém, apenas um foi confirmado com a Covid-19.
Apesar da certificação de primeiros casos do novo coronavírus em animais domésticos, segundo a UFPR, não há qualquer confirmação de que os cães e gatos são transmissores do vírus. Eles podem se infectar, porém a contaminação deles pelo Sars-Cov-2 não é equivalente a possuir a doença ou ser transmissor do vírus.
A informação de que não existem evidências científicas de que gatos e cães sejam uma fonte de infecção, aos seres humanos, pelo novo coronavírus, também é assegurada pelo Centro Pan-Americano de Febre Aftosa e Saúde Pública Veterinária da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (PANAFTOSA-OPAS/OMS). A recomendação aos donos destes animais domésticos é continuar cuidando normalmente de seus companheiros, sendo ressaltado por tais organizações que o abandono de animais é inadmissível.
(Com informações do G1 e da World Animal Protection)
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