quinta-feira, 21 de novembro de 2024

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A tensão entre Estados Unidos e Irã é histórica

POR Jornal Somos | 03/01/2020
A tensão entre Estados Unidos e Irã é histórica

Redação Jornal Somos

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O conflito e tensões entre os países do Irã e Estados Unidos da América não começou apenas com o ataque e declarações nas últimas 24 horas. (Clique e leia)

 

Os dois países mantêm uma relação de confrontos desde a Revolução Islâmica Iraniana em 1979, quando romperam relações diplomáticas. Na ocasião, mais de 400 militantes islâmicos tomaram a baixada americana em Teerã, capital do Irã, e fizeram americanos de reféns, reinvindicando que o governo americano extraditasse o xá Mohamed Reza Pahlevi, governador iraniano deposto pela revolução e que fazia um tratamento médico nos EUA. Esse sequestro dos reféns durou por 01 ano e 03 meses e somente em 1981 eles foram libertados.

 

Desde então, a líder norte-americana sempre considerou o Irã como um país terrorista, que financiava ataques pelo Oriente Médio para contrariar os americanos e ainda existia por parte dos americanos temores de que o Irã estivesse desenvolvendo armas nucleares. Em 2015, a tensão havia se amenizado, quando o então presidente americano, Barack Obama, fechou uma convenção envolvendo Irã, França, Alemanha, Reino Unido, Rússia e China, a qual os iranianos teriam aceitado limitar o enriquecimento de urânio e ser supervisionado por inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU), em troca do fim de sanções econômicas impostas pelos EUA.

 

Porém, quando Donald Trump assumiu a presidência, encerrou esse tratado, retirando os Estados Unidos formalmente do acordo em maio de 2018, e desde então, tem ameaçado países que importam petróleo iraniano, e assim, o país islâmico vem descumprindo os compromissos que havia pactuado no acordo nuclear desde então.

 

O bombardeio americano que assassinou o general Qassem Soleimani na noite de ontem (02), ocorreu após uma semana de ações ofensivas entre os dois peíses no território iraquiano, onde existem forças armadas tanto de Estados Unidos como do Irã. Veja a ordem dos acontecimentos:

 

Sexta-feira, 27 de dezembro de 2019
Tudo começou quando cerca de 30 mísseis atingiram uma base militar de aliados dos EUA no Iraque, levando um americano que não era do exército, mas que prestava serviços para as forças armadas, à morte, além de outros quatro americanos e dois iraquianos que ficaram feridos. Após o ataque, os americanos apontaram uma milícia chamada Kataib Hezbollah, apoiada pelo Irã, como autora.

 

Domingo, 29 de dezembro de 2019
Em resposta, os EUA atacaram bases de milícias na Síria e no Iraque, resultando na morte de 24 pessoas. Essas milícias iraquianas apoiadas pelo Irã são uma força importante, tendo em vista que elas têm um grande número de representantes no parlamento iraquiano. Apesar de atuarem no Iraque, elas são financiadas e orientadas pelo Irã e nas ocasiões em que os americanos impõem sanções aos iranianos, essas organizações reagem com ataques no Iraque, devido a presença de americanos.

 

Terça-feira, 31 de dezembro de 2019
Dois dias após a resposta americana, foi a vez das milícias mostrarem suas forças, momento que invadiram o perímetro da embaixada dos EUA em Bagdá, capital do Iraque, exigindo que os americanos fossem expulsos do país. A ocupação da embaixada durou por mais de 24 horas e se encerrou quando os líderes das milícias pediram a desocupação da embaixada. Na ocasião, Donald Trump acusou os iranianos de estarem por trás dos protestos.

 

Quinta-feira, 02 de janeiro de 2020
Respondendo mais uma vez a investida iraniana, os EUA foi mais duro e bombardeou o aeroporto de Bagdá, no Iraque, assassinando o general Qassem Soleimani, que para os americanos era considerado o cérebro das ações iranianas. Esta ação aumentou muito a tensão entre os países, e o Irã já prometeu vingança. Leia aqui.

 

Sexta-feira, 03 de janeiro de 2020
Após as declarações de vingança por parte do Irã, O secretário de estado Americano declarou que os Estados Unidos não buscam uma guerra contra o Irã, mas que não vão ficar parados assistindo vidas americanas sendo postas em risco.

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