quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Um projeto que pede pela redução de 175 mil hectares do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, que passaria de 240 mil para 65 mil hectares, foi apresentado à Câmara dos Deputados pelo deputado federal Delegado Waldir (PSL-GO). Segundo o político, o Decreto 14.471/2017, assinado pelo ex-presidente Michel Temer no Dia Mundial do Meio Ambiente, está prejudicando os agricultores daquela região.
O Decreto de 2017 foi a legislação que fez com que o Parque da Chapada dos Veadeiros passasse a ter 240 mil hectares, abrangendo os municípios de Alto Paraíso de Goiás, Cavalcante, Nova Roma, Teresina de Goiás e São João da Aliança. A medida foi estabelecida com o intuito de aumentar a representatividade de ambientes protegidos, garantir a perenidade dos serviços ecossistêmicos, auxiliar na estabilidade ambiental da região e gerar desenvolvimento de atividades de recreação e turismo ecológico.
O autor da proposta de redução dos hectares, Delegado Waldir, argumentou, no texto do Projeto, que “apesar de o Parque contribuir com a preservação ambiental, ressalta-se que o aumento desmedido de seu tamanho prejudica os agricultores na região”. Além disso, para ele, a assinatura do Decreto de aumento da área do Parque foi uma atitude “exagerada” de Temer.
No momento, o projeto do deputado federal aguarda o despacho do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para ser recepcionado. Enquanto permanece em espera, a proposta é votada pela população na enquete realizada pelo site da Câmara, onde já possui a rejeição de 99% dos votantes, que afirmaram “discordar totalmente” da medida.
Alerta vermelho no relatório do clima
A Organização das Nações Unidas (ONU), por meio de seu secretário-geral, António Guterres, considerou o relatório sobre o clima, publicado nesta segunda-feira (9), pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), como um “alerta vermelho” para as energias fósseis que “destroem o planeta”.
Os dados constantes no documento, que avalia de forma científica os últimos sete anos, deverão “significar o fim do uso do carvão e dos combustíveis fósseis, antes que destruam o planeta”, conforme anunciado por Guterres, que ainda pediu para que nenhuma central de carvão fosse construída depois de 2021 e afirmou que “os países também devem acabar com novas explorações e produção de combustíveis fósseis, transferindo os recursos desses combustíveis para a energia renovável”.
De acordo com o relatório, o limiar do aquecimento global, de mais de 1,5º centígrado, será atingido em 2030, ou seja, dez anos antes do que havia sido projetado anteriormente, o que insere a humanidade em risco com a possibilidade de passar por novos desastres “sem precedentes”.
(Com informações do Jornal Opção e G1)
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