quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Goiás

Parte do Tesouro Estadual de Goiás é retido por dívidas do HUGO

POR | 07/11/2018
Parte do Tesouro Estadual de Goiás é retido por dívidas do HUGO

Redação Jornal Somos

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A Justiça Federal bloqueou R$ 27,5 milhões do Tesouro Estadual de Goiás para o pagamento de dívidas do Hospital de Urgência de Goiânia (HUGO). O Ministério Público Federal (MPF), em reunião com o Ministério do Trabalho e Emprego identificaram falta de equipamentos, remédios e insumos. O Governo de Goiás informou à TV Anhanguera que pretende zerar as dívidas até dezembro.

 

 

O juiz da 7ª Vara da Justiça Federal, Mark Yshida, bloqueou as contas do estado e ordenou que o governo mantenha os repasses de dinheiro para as organizações sociais que administram os hospitais públicos de forma regular e integral, e ainda solicitou que o serviço prestado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) seja fiscalizado por parte do hospital. A decisão foi tomada no último dia 31, mas só foi divulgada pela Justiça Federal nesta segunda-feira (5).

 

 

Yshida afirmou que o HUGO vem funcionando de forma precária, cancelando cirurgias por falta de medicamentos e insumos, receita de medicamentos de acordo com a disponibilidade da farmácia e não com a necessidade do paciente, o aumento do risco de infecção hospitalar e paralisação dos prestadores de serviços. O juiz disse ainda que o Estado estaria assim submetendo os usuários do SUS a estes riscos atendendo-os sob as condições precárias em que se encontra o hospital.

 

 

O HUGO já estava proibido pelo Ministério do Trabalho de receber mais pacientes, porém a Secretaria Estadual de Saúde (SES) e o Instituto Gerir elaboraram um plano de emergência para que a unidade recebesse somente pacientes no perfil do hospital. No último dia 22, a paralisação dos prestadores de serviços só agravou a situação já que o local ficou sem o serviço de limpeza, por exemplo.

 

 

A SES diz que não houve paralisação e sim uma redução de produção. Também alegou que serão feitos repasses para o abastecimento das farmácias e reposição dos equipamentos em falta. O Instituto Gerir, responsável pela administração do HUGO pediu a SES a rescisão dos contratos de gestão da unidade devido aos recorrentes atrasos no pagamento de dívidas, o que causava a falta de equipamentos e insumos.

 

 

A SES afirma que o atraso de pagamentos se deve a imprevistos no fluxo de caixa do Tesouro Estadual.

 

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