quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O ex-governador de Goiás, Marconi Perillo, é suspeito de ser o chefe da organização criminosa de coleta de propina e lavagem de dinheiro cujos integrantes foram presos ontem (6) na Operação Confraria: Jayme Rincón e Júlio Vaz. A Polícia Federal afirma que o esquema envolve as organizações do Estado de Goiás das quais os suspeitos fazem ou já fizeram parte, como a Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego) e Companhia Saneamento de Goiás (Saneago).
A Operação Confraria é um desdobramento da Cash Delivery, que já havia prendido o ex-governador. Em nota oficial o Ministério Público Federal (MPF) informou que o esquema existe há anos, desde 2006 ou 2010, e que ainda atualmente continua em atividade. OMPF também conta que após a Operação Cash Delivery, a PF recebeu uma denúncia de que Marcio Borges Gomes, gerente geral da Codego, possuía imóveis em seu nome recebidos por propina. Marcio é próximo de Jayme Rincón e também foi preso na manhã de ontem. Ambos coordenadores das campanhas de Marconi e José Eliton.
A propina da Codego vinha do adiantamento do pagamento a fornecedores participantes do esquema e do desvio de recursos públicos. De acordo com a PF, Jayme e Marcio seriam “prepostos” do ex-governador, e juntos arquitetaram as operações do esquema. Segundo o MPF, os depoimentos de Jayme apontaram que Marconi tem uma rede de lavagem de dinheiro formado por várias empresas para ocultar a origem das propinas recebidas, que não são só da Odebrecht.
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