quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Foto: CNA/Wanderson Araújo/Trilux
Foi confirmado nesta quinta-feira (2), pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que o caso de mal da vaca louca descoberto no Pará se trata de um caso atípico, ou seja, sem risco de transmissão.
O exame foi realizado em um laboratório de referência no Canadá, confirmando se tratar de uma infecção atípica. Essa possibilidade já era dada como real pelo ministério, que aguardou apenas o resultado dos exames para confirmar.
Os procedimentos para informar a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e as autoridades Chinesas já foram iniciados pelo governo brasileiro. Na última semana, o Brasil havia suspendido a exportação de carne bovina à China após a confirmação do caso. A suspensão seguiu o protocolo sanitário entre os dois países e as vendas serão retomadas em breve. A comercialização está suspensa desde o dia 23 de fevereiro.
A modalidade atípica da encefalite espongiforme bovina ocorre em animais idosos, espontaneamente pela natureza, em vez de ser transmitida de forma clássica, pela ingestão de ração contaminada.
“Por se tratar de caso atípico, ou seja, ocorrido por causas naturais em um único animal de 9 anos e com todas as providências sanitárias adotadas prontamente, o Ministério da Agricultura e Pecuária está adotando imediatamente as providências, conforme os protocolos sanitários, para que as exportações da carne bovina brasileira sejam restabelecidas o mais breve possível”, afirmou o Mapa, em nota.
Até hoje, o Brasil não registrou casos clássicos de vaca louca, provocados pela ingestão de carnes e pedaços de ossos contaminados. Causado por um príon, molécula de proteína sem código genético, o mal da vaca louca é uma doença degenerativa. As proteínas modificadas consomem o cérebro do animal, tornando-o comparável a uma esponja. Daí sua denominação científica, encefalite espongiforme bovina.
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