quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O policial penal federal bolsonarista, Jorge Guaranho, se tornou réu por homicídio duplamente qualificado pela morte do tesoureiro do PT, Marcelo Arruda. A decisão do juiz Gustavo Germano Francisco Arguello acolhe a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Paraná, que avaliou o caso como homicídio por motivo fútil decorrente de “preferências político-partidárias antagônicas”. Agora, o investigado será notificado e terá dez dias para apresentar defesa e testemunhas a serem ouvidas.
"Apesar de a jurisprudência majoritária dos tribunais superiores entender que a decisão de recebimento da denúncia não exige fundamentação, cumpre observar, de modo sucinto, que o caderno investigatório possui a presença de indícios suficientes de autoria e prova de materialidade do crime tipificado no art. 121, § 2º, inciso II e III, in fine, do Código Penal, bem como que restam preenchidos os requisitos do artigo 41 do Código de Processo Penal, razão pela qual RECEBO A DENÚNCIA oferecida em desfavor de JORGE JOSÉ DA ROCHA GUARANHO”, disse o texto da decisão.
A defesa da família da vítima se manifestou, por meio de nota, afirmando que “independente da tipificação legal, do enquadramento da qualificadora do homicídio, foi fundamental o reconhecimento pelo Ministério Público de que a motivação política foi o principal elemento causador desse homicídio brutal .
Inicialmente, a ocorrência não havia sido tratada como por motivação política. Isso porque a Polícia Civil do Paraná, responsável pelo caso, indiciou o policial penal federal por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe, uma vez que, segundo a delegada, o indiciado atirou contra a vítima por ter se sentido ofendido depois que o tesoureiro do PT jogou um punhado de terra e pedra contra o carro dele, isso após uma provocação política. Dessa forma, para ela, os disparos aconteceram devido à uma escalada na discussão entre as partes, e não especificamente por motivos políticos.
O crime em questão ocorreu no último dia 9 de julho, quando Arruda foi baleado em sua própria festa de aniversário, que possuía como tema o PT e o ex-presidente Lula. Ao ser atingido, o tesoureiro revidou e baleou também o policial, que está internado no hospital, sem previsão de alta.
(Com informações do g1)
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