quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
A Polícia Civil do Paraná indiciou o policial penal federal, Jorge Guaranho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro, suspeito da morte do guarda municipal e tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe, bem como por gerar perigo comum. De acordo com a delegada responsável pelo caso, Camila Cecconello, o crime cometido no último sábado (9) na festa de aniversário da vítima que tinha como tema o PT e o ex-presidente Lula, não ocorreu por motivação política.
A delegada explicou que o indiciado atirou contra a vítima por ter se sentido ofendido depois que o tesoureiro do PT jogou um punhado de terra e pedra contra o carro dele, isso após uma provocação política. Dessa forma, para ela, os disparos aconteceram devido à uma escalada na discussão entre as partes, e não especificamente por motivos políticos.
“É difícil nós falarmos que é um crime de ódio, que ele matou pelo fato de a vítima ser petista (...) Segundo os depoimentos, que é o que temos nos autos, ele voltou porque se sentiu ofendido com essa escalada da discussão, com esse acirramento da discussão entre os dois (...) Para você enquadrar em crime político, tem que enquadrar em alguns requisitos. É complicado a gente dizer que esse homicídio ocorreu porque o autor queria impedir os direitos políticos da vítima. Parece mais uma coisa que se tornou pessoal”, informou Cecconello.
Além do indiciamento, a delegada Iane Cardoso afirmou que também foi aberto, pela Polícia Civil, um inquérito para apurar as agressões sofridas pelo policial penal federal, onde três pessoas estão sendo investigadas. Outro procedimento que está sendo realizado é um laudo pericial para estabelecer o nível de gravidade das agressões sofridas por Guaranho.
(Com informações do g1 RPC Foz do Iguaçu)
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