Hoje, quinta-feira (14) serão ouvidas duas mulheres que fizeram partos no domingo passado (10), com a presença do anestesista. Outras três já prestaram depoimento. A polícia suspeita que as duas mulheres também possam ter sido estupradas.

A investigação procura saber sobre aproximadamente outras 30 mulheres que também fizeram partos com a presença do anestesista, se elas também sofreram abusos. 

“Vamos continuar identificando. Não são relatos ainda. Nós precisamos investigar. Primeiro fazer uma triagem, saber qual foi o tipo de procedimento e aí vamos aprofundando. São mais de 30, não sei exatamente quantas, mas já identificadas como possíveis, foram pacientes”, disse a delegada Barbará.

Atualmente ele se encontra em prisão preventiva decretada pela Justiça e está na Cadeia Pública Pedrolino Weling de Oliveira, Bangu 8, destinada para presos que possuem curso superior. Giovanni está impedido de exercer a medicina no país, devido à suspensão provisória aprovada pelo conselho, na última terça-feira (12), ele atuava na área desde que concluiu a formação profissional em abril deste ano.

A mulher identificada como vítima, recebeu a informação do que aconteceu enquanto estava sedada e se encontra muito abalada, segundo informações da delegada titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), de São João de Meriti, Bárbara Lomba, que entrou em contato por telefone para informar a vítima, disse ainda que a mesma já tomou um coquetel anti-HIV, conforme o protocolo para pessoas que sofrem violência sexual.  Barbara está analisando a possibilidade de pedir teste de HIV do anestesista, que, no entanto, não está obrigado a fazer.

Conselho

Nesta última quarta-feira (13), o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), emitiu uma solicitação de esclarecimento ao médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso em flagrante no último domingo (10) por estupro de vulnerável de uma paciente que estaria sedada, para realização de uma cesariana no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

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Foi aberto um procedimento de sindicância após a denúncia. Com isso, o anestesista terá 15 dias para prestar as informações solicitadas. 

Segundo o órgão, essa medida é uma forma de proteger a população e garantir a boa prática médica. Além disso, está sendo instaurado no Cremerj um processo ético profissional, cuja sanção máxima é a cassação definitiva do registro.

(Fontes: Agência Brasil)