Na última quinta-feira (2), os Estados Unidos atacaram o Irã, assassinando o general Qassim Suleimani. Após a instauração do conflito, o próprio presidente Jair Bolsonaro já se manifestou informando que o preço do combustível sofrerá impactos. Mas, além disso, o ataque também poderá afetar a balança comercial goiana.

O estado de Goiás exporta milho, soja e carne para o Irã e somente no ano passado essa parceria rematou US$ 132,803 milhões em exportações. Apesar da boa e significativa relação comercial entre goianos e iranianos, especialistas temem por dificuldades.

“O Irã é um país com bom desenvolvimento, incluindo níveis de educação e distribuição de renda. É um grande parceiro comercial do Brasil, um grande comprador de carne de Goiás e eles seguem interessados em reforçar essa parceria”, afirma Edival Lourenço Júnior, superintendente de Negócios Internacionais da Secretaria de Desenvolvimento e Inovação (Sedi).

Alguns frigoríficos instalados em território goiano, visando atender ao mercado mulçumano, se adequaram à sua cultura oferecendo um produto específico, a carne halal, em que o abate segue regras do Alcorão – comprovando o nível de relevância e comprometimento entre Oriente Médio e Goiás.

“Temos um comércio bom com os países árabes e muçulmanos e agora há uma encruzilhada. Com o Irã há comércio que se tornou significativo”, conta Sandro Waldeck, advogado especialista em comércio exterior.

Além da carne, o estado Goiano também possui destaque de vendas para o Irã com os grãos, onde o milho e a soja são os maiores responsáveis pelas vendas.

Com todos os acontecimentos o setor de exportações ficará, por ora, atento às repercussões do conflito, que poderão modificar o futuro da logística e até de contratos financeiros do Estado.

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