sábado, 23 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Provavelmente você já se pegou reclamando da bateria de seu telefone celular... estou errada? Baterias que não duram, baterias que viciam, baterias que nos deixam na mão e faz com que compremos mais... baterias (daquelas portáteis)! Em um mundo conectado como o nosso, ter carga no celular é algo muito importante.
Tem-se a impressão de que este é um problema sem resposta. Mas saiba que essa realidade pode mudar, isso porque a Universidade Federal de Goiás (UFG) descobriu, em pesquisa, um composto que economiza até 75% de energia em celulares e TVs de LED. Na prática, significa que uma bateria que antes durava um dia poderá durar até quatro dias.
O projeto iniciou-se por acidente, após resultados de uma outra pesquisa que estava sendo realizada afim de melhorar o raio laser. “Não conseguimos (projeto inicial) porque precisavam de características muito específicas. Porém, vimos a propriedade de transformação em luz de um deles e ficamos surpresos com o resultado”, disse Felipe Terra Martins, professor e orientador da pesquisa.
Segundo o professor, atualmente é utilizado o nitreto de gálio e índio ou compostos à base de irídio nas telas. Dessa maneira, considerando o total de energia consumida, apenas 20% são usados na emissão de luz e o restante é perdido em forma de calor. Com os estudos, foi descoberto que se empregado um composto químico à base de moléculas ligadas ao elemento químico cádmio, 75,4% da energia será usada na emissão da luz.
Além da maior durabilidade, como já citado anteriormente, outra vantagem no uso desse composto é o custo de sua produção, uma vez que chega a ser dez vezes mais barato por não utilizar o irídio, um metal raro que está se tornando escasso.
A pesquisa foi publicada no Journal of the American of Chemical Society, uma das revistas científicas mais importantes do mundo. Os pesquisadores conseguiram patentear o composto e o estudo, buscando, no momento, ajuda para desenvolverem os LEDs já com a maior eficiência.
Matéria produzida pela acadêmica de Jornalismo, Ana Carolina Morais, com edição de Camilla Paes.
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