quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
A região de Serranópolis, no Sudoeste goiano, já era conhecida por possuir um dos principais complexos arqueológicos dentre os conjuntos de sítios arqueológicos do Brasil, segundo o Iphan. O local possuía mais de 30 sítios com ocupações que remontam uma cronologia antiga na região. E agora, os pesquisadores encontraram dez crânios humanos milenares, o que, segundo eles, é uma descoberta que amplia os estudos sobre as civilizações passadas e contribuem com discussões científicas sobre a ocupação humana.
O projeto foi nomeado como “Escavação do Sítio Arqueológico Serranópolis Goiás: Novas Perspectivas”. A pesquisa é coordenada pelos professores Júlio Cesar Rubin, geoarqueólogo, e Rosiclér Theodoro da Silva, da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), e tem a aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), por meio da Superintendência de Goiás e do Centro Nacional de Arqueologia (CNA).
O trabalho é feito na região desde 2020, quando começaram as escavações. E assim ficou até junho deste ano, quando foi realizada a descoberta dos crânios, mas que só agora foi divulgada. O motivo é que os pesquisadores queriam informar primeiro os moradores de Serranópolis sobre os trabalhos realizados no município.
De acordo com o professor Júlio Cesar, os crânios são de pessoas que habitaram a região no período pré-colonial.
“Quando a gente estuda formação do registro arqueológico a gente vai entender como é que foi esse processo de formação dessas camadas arqueológicas que a gente está estudando. Depois, a gente pode identificar também várias outras informações”, disse Júlio.
Júlio disse ainda que o trabalho de escavação continua, porque eles vão tentar encontrar vestígios que possam trazer mais informações sobre o estilo de vida desses antigos moradores da região.
“Tudo que nós temos agora são informações preliminares, a gente tem que escavar muito mais nesse sítio, investigar muito mais. A área do sítio deve ter mais ou menos 800 metros quadrados e a gente escavou até agora 17 metros quadrados. Então, é o início de uma retomada da pesquisa”, contou o professor.
Com informações do G1
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