quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Um médico pediatra do Hospital Municipal de Itumbiara, no sul do estado, foi filmado discutindo com a mãe de uma paciente. A mulher foi procurar atendimento para a filha, de 1 ano e 10 meses, que estava passando mal e com manchas vermelhas pelo corpo. Durante a briga, ele chegou a falar que ela deveria “desistir de ser mãe”.
Segundo a mulher, que não quis ter a identidade divulgada, ela procurou a unidade no último domingo (7). Durante o atendimento, foi informada pelo médico que a criança não tinha nenhum problema de saúde. Então, começou a fazer perguntas ao pediatra, que respondeu de forma ríspida.
“Você está tremendo. Por que você está tremendo? Por que você está falando rápido assim, embolado? Não sabe conversar normal não? Menino sempre tem vômito e diarreia. Você pode desistir de ser mãe desse jeito”, disse o médico Mércio Henrique Espíndola.
A mãe ficou indignada com o comportamento do profissional. Em entrevista ao G1 ela conta: “ele falou para mim que eu estava ficando louca, que minha filha estava bem, que era loucura da minha cabeça. Imagina você, mãe, o médico olha para você e fala que você não serve para ser mãe”.
À reportagem o médico se defendeu afirmando que não disse nada errado. “Não arrependo não. Falo de novo, porque ela precisa ser preparada para ser mãe. Alguém tem que orientar. Eu sou médico e algumas coisas a gente sabe o que pode falar. Ela precisa ser conduzida e consultada com um psiquiatra, uma pessoa que oriente ela a ter uma conduta normal para quando ir ao médico e saber tratar as pessoas bem”, disse.
A Secretaria Municipal de Saúde emitiu uma nota informando que repudia qualquer tipo de maus-tratos contra pacientes e que vai investigar o caso.
Depois da confusão, a família da criança buscou atendimento médico em outra cidade. “A gente foi para Araporã [MG]. Lá, a médica olhou para ela e falou que era [a doença] mão-pé-boca, um vírus que tem por aí. Já olhou, já passou os medicamentos. Ali minha filha já melhorou um pouco e a gente se acalmou, ficou sabendo o que era”, disse a mãe da criança.
O Conselho Regional de Medicina informou que vai investigar se o médico cometeu alguma infração ética para, só então, tomar as devidas providências.
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