A história de Luan Maciel Carvalho, 24 anos, vendedor de salgados de Santa Helena de Goiás, está circulando pelas redes sociais. O movimento acontece porque o jovem é pai solo de Pedro, de apenas 4 anos, e todos os dias, ele pedala mais de 50 km para fazer suas vendas e sustentar a casa, sempre carregando o menino na bicicleta.

Devido às creches fechadas pela pandemia de Covid-19, Luan precisou criar uma forma de levar o filho junto pelas vendas no município. Paralisar o trabalho e permanecer em casa com a criança não é uma alternativa, pois são os R$ 700 mensais dos salgados que permitem o pagamento do aluguel, da energia, água e comida.

Para conseguir levar o pequeno Pedro, o jovem adaptou uma carretinha, colocando uma cadeirinha nela para a criança sentar. A adaptação gerou mais 50 kg de carga para as pedaladas do Luan por toda a cidade.

“A cadeirinha eu ganhei e gastei R$ 45 para fazer a carretinha inteira, porque é tudo de sucata, comprei tudo no ferro-velho. As babás mais baratas que eu achei cobravam R$ 400. Quero ver se consigo uma casa para ele ter um lugar digno de morar”, revelou.

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— Jornal Somos (@JornalSomos) October 16, 2020

A história conquistou a web e fez com que a página Razões Para Acreditar criasse uma vaquina para ajudar pai e filho a terem uma moradia digna e, assim, saírem do aluguel. A meta é conseguir R$ 75.000,00 em doações. No momento, faltando 10 dias para o fim da vaquina, R$ 22.092,84 foram arrecadados. (clique aqui e doe!)

São apenas Luan e Pedro desde que o menino tinha 1 ano e 6 meses. A separação dos pais aconteceu no primeiro ano de vida da criança, o que fez a mãe levar o pequeno para morarem juntos em São Paulo (SP). Porém, seis meses depois a mulher contatou o pai dizendo que não estava conseguindo criar o filho, pedindo que buscasse o menino.

O jovem conta que, na época, conseguiu juntar a quantia que seria gasta com as passagens por meio da ajude de doações. Desde então, Luan cuida de Pedro sozinho. “Ele é tudo que tenho, é tudo para mim. Não sei o que seria da minha vida sem ele”, afirma.