quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Operação resgata mais de 150 trabalhadores por trabalho análogo à escravidão em Acreúna e Quirinópolis

POR Thaynara Morais | 16/02/2023
Operação resgata mais de 150 trabalhadores por trabalho análogo à escravidão em Acreúna e Quirinópolis

Reprodução/TV Anhanguera

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Uma operação iniciada no dia 7 de fevereiro e finalizada nesta quinta-feira (16) resgatou mais de 150 trabalhadores por trabalho análogo à escravidão em Goiás. A operação resultou em três resgates em duas cidades. Em Acreúna, 139 pessoas trabalhavam sem as condições necessárias em uma usina de cana-de-açúcar e 13 trabalhadores também estavam na mesma situação, porém em uma fábrica de ração. Já em Quirinópolis, um caseiro de 67 anos foi achado em uma casa que não possuía banheiro.

 

 

A ação é desenvolvida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), Superintendência Regional do Trabalho em Goiás (SRTb/GO), Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Federal (PF).

 

 

De acordo com o MPT, 139 pessoas foram achadas trabalhando em “condições degradantes de trabalho”, em uma usina de cana-de-açúcar em Acreúna. Entre o total, três são mulheres.

 

 

O ministério descobriu a situação após denúncia registrada no site e, após isso, realizou a ação junto aos órgãos.

 

 

De acordo com a entidade, essas pessoas trabalhavam de forma forçada, com jornadas exaustivas e se submetendo a situações degradantes de trabalho. O órgão ainda afirmou que eles não recebiam alimentação. Segundo o ministério, os trabalhadores são de cidades do nordeste, como Piauí, Pernambuco, Maranhão e Bahia.

 

 

Ainda nesta quinta-feira foi realizada uma ação coletiva no Fórum de Acreúna para que os trabalhadores fossem indenizados. Foi descoberta pelo MPT irregularidade nos contratos dos funcionários que a usina teria contratado empresas terceirizadas que seriam responsáveis por atrair os trabalhadores para este serviço.

 

 

De acordo com o G1, a usina contratava empresas e essas empresas atraiam os trabalhadores para trabalhar no local com a promessa de receber um salário maior do que era pago, e com alojamentos com  “boas condições” para eles morarem.

 

 

Com a ação coletiva ficou definido que a usina terá que fazer o acerto dos valores. Foram negociados:

 

- R$ 900 mil de verbas rescisórias, sendo parte desse valor por de danos morais individuais;

- R$ 500 mil de danos morais coletivos.

 

 

 

Em uma fábrica de ração na cidade de Acreúna, outros 13 trabalhadores foram resgatados em situação análoga à escravidão.

 

 

 

Quirinópolis

 

Ainda durante a operação, foi encontrada uma situação semelhante em Quirinópolis na zona rural, Um caseiro foi resgatado de uma propriedade rural em que trabalhava sem as mínimas condições necessárias e em uma casa que não tinha ao menos banheiro e com estrutura precária.

 

 

O MPT informou ao G1 que ele recebia cerca de R$ 600 por mês e morava em uma casa dentro da própria fazenda onde ele atuava.

 

 

 

 

 

 

(Com informações do G1)

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