A cidade de Montividiu, que fica a 50km de Rio Verde, passará a fazer parte do grupo seleto de cidades goianas que possuem o saneamento básico municipalizado. O serviço que era de gestão da Saneago passará agora para a gerência da Prefeitura de Montividiu após aprovação do projeto pelos vereadores, nas últimas sessões do mês de Fevereiro.

A principal motivação é a melhoria da qualidade do serviço público prestado, em relação à cobrança tarifária. Outra questão é a descontinuidade de contrato com a empresa, fazendo com que alguns bairros não tenham saneamento com água potável e principalmente, o descarte do resíduo sólido da empresa que não está na forma da legislação ambiental, causando prejuízo da poluição ambiental e uma má qualidade na água potável.

Em entrevista exclusiva ao SOMOS, o prefeito de Montividiu, Ademir Guerreiro explicou a situação em que a cidade se encontra.

“Segundo as nossas pesquisas, desde 2017, de cada 10 amostras, 9 apresentam coliformes fecais, ou seja, a qualidade da água é precária. Pagamos caro e não temos qualidade. Mas, não havia um órgão fiscalizador atuante na cidade. Agora, com a nossa gestão, teremos um órgão responsável por isso”.

Entre os benefícios para a população se destacam a redução da tarifa de água e esgoto, a continuidade do atendimento em todos os bairros, de maneira imediata e a canalização da rede de esgoto em toda a cidade, além da agência reguladora para controle e fiscalização desse serviço.

Após aprovação, o chamamento público ocorrerá em caráter emergencial. Qualquer empresa poderá concorrer em 90 a 180 dias. A empresa que tiver o perfil e cumprir as exigências do município ganhará a licitação.

Atualmente 21 cidades em Goiás já possuem a municipalização do saneamento, são elas: Abadiânia, Cachoeira de Goiás, Caldas Novas, Catalão, Chapadão do Céu, Colinas do Sul, Corumbá de Goiás, Faina, Matrinchã, Mineiros, Mossâmedes, Nova Roma, Panamá, Paranaiguara, Rio Quente, Santa Rita do Novo Destino, São Simão, Senador Canedo, Trombas e Vicentinópolis (Fonte: Saneago).

Em Chapadão do Céu, o serviço é do município desde 1998 e o processamento da conta paga pelos cidadãos é dividido em classes: Doméstico (residencial), Comercial, Pública e Industrial. Consumo de 0 a 10m cúbicos são cobradas taxas mínimas diferenciadas para cada categoria de classe. A partir de 11m cúbicos, os valores são cobrados metro/metro, referenciados por URM - Unidade de Referência Municipal baseada e reajustada no IPCA-E. Toda arrecadação é revertida em manutenção, ampliação e investimentos para melhorias no sistema de água e esgoto da cidade.

Em Montividiu, o prefeito Ademir Guerreiro afirmou que reduzirá os custos para a população.

“Nós ainda não temos um valor específico e como será feita essa distribuição de valores, mas com certeza reduziremos os custos tanto da água quanto do esgoto para todos os cidadãos”.