quarta-feira, 17 de abril de 2024

"Meu pai era uma mente extraordinária, jamais eu vou alcançar a grandeza dele" afirmou a candidata Flávia Cunha ao JORNAL SOMOS

POR | 05/09/2018

Continuando as entrevistas do SOMOS com os candidatos da pesquisa realizada, Flávia Cunha contou sobre o Pai, a família e o futuro político.

Jornal Somos

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Continuando as entrevistas do Jornal Somos com os candidatos da pesquisa realizada, Flávia Cunha contou sobre o Pai, a família e o futuro político.

 

JS - Porque você decidiu entrar na vida pública e colocar seu nome para concorrer nessas eleições?

 

CUNHA: Eu acho que a vida pública que decidiu pegar meu nome. Desde que meu pai faleceu, o Dr. Ronaldo tem me procurado. Eu nunca tinha aceitado porque eu tinha filhos pequenos, meu pai deixou muita coisa para a gente resolver e o histórico político do meu pai com a família foi com muito sofrimento. A política é valorosa, mas ao mesmo tempo sacrifica muito a família de quem está dentro. Mas dessa vez o que observei: primeiramente nós estamos passando por uma crise sem precedentes, crise moral e econômica, as pessoas estão perdidas até no que elas antes achavam que era correto o que elas achavam que era certo. A sociedade perdeu um pouco o caminho que ela estava acostumada a seguir. Eu tenho filhos adolescentes e sou pecuarista, mas as coisas não vem correndo como eu gostaria, que nós tivéssemos respaldo e resposta da sociedade para a nossa vida. Então o Dr. Ronaldo me procurou junto com o Dr. Paulo do Vale e fez uma proposta de honra, uma proposta séria e eu ‘botei fé’ na proposta deles, porque eu também não iria colocar meu nome sem ter um respaldo, de pessoas sérias que já estão inseridas na política, que sabem fazer campanha, porque eu tenho um nome a zelar e eu decidi aceitar.

 

 

JS - Você sente o peso em carregar o nome de um dos maiores políticos de Rio Verde?

 

CUNHA: É uma responsabilidade dobrada, você se cobra mais, o tempo inteiro eu me cobro, eu vou ter que ser igual, apesar de não achar que vou ser, porque meu pai era uma mente extraordinária, jamais eu vou alcançar a grandeza dele, mas eu falo: Deus me dê pelo menos a capacidade de ter a honestidade e a vontade que ele teve de servir. Porém é uma alegria também sem precedentes, onde eu chego a porta é aberta pelo nome dele, mas é um peso forte, mas é uma alegria, uma satisfação sem precedentes, maravilhoso.

 

 

JS - Você acredita que a presença do legado da família pode afetar negativo ou positivamente na sua campanha?

 

CUNHA: Eu creio que na política sempre vão haver ambos os lados. Pode ser que alguém nesse caminho que meu pai trilhou não gostou da história que ele fez, não gostou da maneira que ele serviu, é natural, recebo isso com muita naturalidade. Pessoas que eu sei que meu pai me ajudou e hoje estão em boa posição mas não estão comigo, por exemplo, isso não me afeta. As reações do ser humano, sejam elas negativas ou positivas, não me afetam porque eu sei quem é o ser humano, então é mais fácil, você transita pela vida sem surpresas.

 

 

JS - Durante algum tempo sua família se afastou da política e agora volta com você. O que lhe fez pensar em aproximar de novo da política?

 

CUNHA: A política está em todos os sentidos na vida do ser humano, sem política não tem sociedade. E tem um legado, um nome, um passado que meu pai deixou. As pessoas sempre estiveram procurando: 'Em quem você vai votar?', 'Quem você está apoiando?', 'Por que não candidata?’, ‘Você tem que se candidatar’. Então a política, por mais que nós nos afastamos politicamente, em fazer campanha, ninguém nunca pleiteou um cargo político lá em casa a não ser meu pai, o assunto político sempre esteve inserido dentro da nossa casa. Meu marido é apaixonado por política, ele mesmo não deixou o nome do meu pai ser esquecido. Então é impossível não estar inserido dentro do contexto político.

 

 

JS - Sua chapa de base aliada propõe a Renovação. Quais seriam suas propostas que realmente propõe o novo?

 

CUNHA: Eu acho que o que é novo no Brasil hoje é voltar a ser honesto. Olha eu estou propondo uma voz que clama pela honestidade, eu estou propondo uma pessoa que serve a sociedade com verdade, com proposta séria de trazer de volta os valores do homem que trabalha, que produz, que foi esquecido, que ficou envergonhado. Nós tivemos uma época nesse país que a pessoa que fornece emprego começou a se sentir envergonhado, então eu sou a favor de quem produz, eu sou a favor de quem trabalha. Eu acho que a gente vai renovar a maneira de pensar, de enxergar as coisas, e de fazer as coisas. Mas eu nunca vou esquecer a base que eu vim, de caráter, de honestidade, de fazer as coisas que eu acho que é correto, porque só minha verdade também não alcança um todo, então eu procuro ter uma verdade que venha favorecer as pessoas que estou servindo.

 

 

JS - Atualmente tem sido bastante discutido quanto à presença efetiva da mulher na política. Como você se coloca dentro desse perfil?

 

CUNHA: As mulheres estão em todos os âmbitos profissionais da sociedade. Elas se levantaram, se em ponderaram e se entenderam. Então é natural que tenha essa exigência da mulher também na política. Eu enxergo positivo, porque eu sou a favor de qualquer gênero assumir a postura que ele quiser. Costumo brincar que às vezes eu posso ser até machista, porque a mulher e o homem, eles podem ser o que eles quiserem. Tudo vem de uma determinação e da maneira que a pessoa é criada, da maneira que a pessoa é inserida na sociedade e nos valores que ela tem e acredita. Eu acredito que hoje as mulheres realmente estão se preparando mais, estão com a cabeça mais à frente que muitos homens. Embora ainda vivemos em uma sociedade onde o homem é mais valorizado financeiramente do que a mulher, mas eu acho que a mulher tem o direito de estar onde ela quiser, é direito do ser humano e não do gênero feminino.

 

 

JS - Com a mudança de Heuler Cruvinel, que agora concorre a vice governador, você acredita que pode levar os votos que seriam para ele? Você acredita que pode ser o nome de Rio Verde na Câmara Federal?

 

CUNHA: Olha, o Heuler sempre foi muito bem votado na nossa cidade. O povo de Rio Verde é um povo muito fiel, é um eleitor consciente, um eleitor que gosta de ser representado. Eu acredito que eu possa sim chegar a Câmara dos Deputados, acho que ficou mais fácil com o Heuler não estando no pleito direto, no processo. Mas se eu vou conseguir 100% dos eleitores dele? Eu não posso te afirmar, porque isso é algo que está em cada um. Eu não sei qualificar, te quantificar, quanto desse eleitor será transferido para a Flávia, mas eu creio que muitos sim, por ele não ter entrado automaticamente estão comigo porque entendem a necessidade que Rio Verde tem de possuir um representante no Congresso Nacional.

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