Desde o dia 30 de dezembro de 2019, a família de uma menor de 12 anos procurava pela criança na cidade de Itumbiara. Chegaram até mesmo a publicar nas redes sociais e grupos de mensagens recompensa de um mil reais caso alguém soubesse algo sobre o paradeiro da menina. Ontem a mesma foi recuperada na casa de um homem e sua esposa na mesma cidade em que moram e hoje o delegado colheu o depoimento da vítima.

O desaparecimento da menina foi descoberto pelo pai após o mesmo chegar do trabalho na data citada. Segundo publicação da comunidade Notícias do Povo, a família mesmo que acabou descobrindo que a menina através de seu Facebook estaria trocando mensagens com um perfil fake de um suposto garoto de 14 anos e com o qual havia marcado o encontro do dia de seu desaparecimento. A mesma família foi quem descobriram o endereço onde estaria o suposto proprietário da conta falsa e teriam ido até o local junto com a polícia para resgatar a garota.

Segundo informações da TV Rios de Itumbiara (afiliada TV Brasil), no programa Hora H, a menor depôs à Polícia Civil contando que na primeira vez que encontrou com o homem de 41 anos ele havia se apresentado como cunhado de Robson (o perfil falso do rapaz de 14 anos) com quem havia marcado o encontro, mas que após ele parar em uma rua deserta de terra, o senhor contou que era mentira e que era com ele que a mesma conversava pelas redes sociais. Neste dia, ele tentou agarrá-la mas que ela não quis e foi embora imediatamente. Isso tudo aconteceu antes do Natal e próximo da casa da menor.

Ainda segundo a menina, ele continuou mandando mensagens para ela na rede social e que por isso chegou a bloqueá-lo. Entretanto, passou a enviar mensagens pelo aplicativo de mensagens de celular fazendo chantagem emocional e dizendo que ia se matar, e que ela ficaria com remorso por causa disso. De acordo com a mesma, ela então teve pena do homem e aceitou encontrar novamente, e foi quando ele a levou para a casa dele, onde morava com a amásia de 31 anos.

Na residência do casal, ele disse para a adolescente que estava separado da mulher, mas que tinham boa convivência e por isso moravam na mesma casa. Após alguma insistência do homem, os dois começaram a ter relações sexuais, e que ela pedia para usarem preservativo, porém ele se recusava. A menor contou também, que no momento da relação, sentia muita dor e pedia para ele parar, mas ele não atendia o pedido dela. A menor acrescentou que os três dormiam no mesmo colchão, mas que a mulher não participava das relações sexuais.

A menina afirmou também que havia decidido ir embora antes, por conta da repercussão de seu desaparecimento nas redes sociais, mas que o suposto autor fez pressão psicológica quanto ao relacionamento dela com a mãe ou como as pessoas a veriam pelo acontecido. Inclusive, que eles chegaram a viajar até Centralina para procurar uma nova casa e que planejavam se mudar para lá.

Ao ser descoberta pela família, a menor foi levada para o Hospital Municipal para realizar exame de corpo e delito, e depois foi encaminhada para tomar um coquetel de remédios para evitar gravidez e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). O homem foi preso em flagrante e encaminhado para o Presídio do Sarandi, local onde esta preso o pai da menor por motivo semelhante, estupro de vulnerável (a vítima foi sua enteada com outra mulher).