sexta-feira, 06 de junho de 2025
Uma nova rodada da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (5/6), revelou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estaria tecnicamente empatado com pelo menos cinco possíveis adversários em um eventual segundo turno das eleições de 2026.
O levantamento foi feito entre os dias 29 de maio e 1º de junho, com 2.004 entrevistados. Segundo os dados, Lula aparece com 41% das intenções de voto em um possível duelo com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que também soma 41%. Apesar de Bolsonaro estar atualmente inelegível, ele continua sendo testado como cenário na pesquisa. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Lula também empata com outros nomes cotados para a disputa presidencial. Contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o presidente teria 41% e o adversário, 40%. Com Michelle Bolsonaro (PL), ex-primeira-dama, Lula aparece com 43%, contra 39% dela. Já com Ratinho Jr. (PSD), governador do Paraná, o placar seria de 40% para Lula e 38% para o adversário.
Pela primeira vez, o nome de Eduardo Leite (PSD), governador do Rio Grande do Sul, foi incluído na simulação. Ele aparece com 36% das intenções de voto, contra 40% de Lula, o que configura empate técnico.
Para o cientista político Felipe Nunes, CEO da Quaest, os números indicam um sinal claro de que a rejeição ao governo Lula está começando a se refletir diretamente na disputa eleitoral. “Todos os possíveis candidatos aparecem crescendo ou já empatados com Lula dentro da margem de erro”, afirmou ele nas redes sociais.
A pesquisa também revelou um sentimento crescente de cansaço da população com a polarização entre Lula e Bolsonaro. De acordo com Felipe Nunes, 65% dos entrevistados acreditam que Bolsonaro deveria abrir mão de uma nova candidatura e apoiar outro nome para a Presidência.
Os dados reforçam ainda o momento delicado do governo federal. Na quarta-feira (4/6), outra pesquisa da Genial/Quaest apontou que 57% dos brasileiros desaprovam a gestão de Lula — o pior índice desde o início do atual mandato. Apenas 40% aprovam o governo, número que representa uma queda de um ponto percentual em relação ao levantamento anterior.
Apesar da avaliação negativa geral, houve melhora na percepção econômica. A quantidade de pessoas que afirmam que a economia piorou caiu de 56% para 48%.
Também diminuiu o número de brasileiros que percebem alta nos preços de alimentos (de 88% para 79%) e de combustíveis (de 70% para 54%).
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