quinta-feira, 21 de novembro de 2024
O Rio Grande do Sul enfrenta uma das piores crises climáticas de sua história, com um saldo alarmante de 107 mortes confirmadas até esta quinta-feira (9), conforme divulgado pela Defesa Civil estadual. O boletim, que aponta ainda 136 desaparecidos e 374 feridos, reflete a gravidade do desastre que se abate sobre o estado.
As intensas chuvas que castigam a região deixaram um rastro de destruição comparável ao do Furacão Katrina, que devastou partes dos Estados Unidos em 2005. Assim como na tragédia norte-americana, observa-se no Rio Grande do Sul falhas na prevenção e na resposta a desastres naturais, além de problemas de coordenação nas ações de socorro e resgate.
O estado contabiliza mais de 400 mil residências sem energia e 500 mil sem acesso à água potável. O número de desabrigados alcança 67.542 pessoas, que encontraram refúgio em alojamentos providenciados pelo poder público, enquanto outros 163.786 desalojados buscaram abrigo em lares de familiares ou amigos. O impacto na educação também é significativo: as aulas foram suspensas em 2.338 escolas estaduais, afetando mais de 327 mil alunos.
A situação na capital, Porto Alegre, ainda é crítica, com ruas e avenidas continuando alagadas mesmo após a queda de 10 centímetros no nível da água do lago Guaíba nas últimas 24 horas, segundo dados da Agência Nacional de Águas (ANA). A altura do lago está em 5,04 metros, ainda acima do limite seguro.
Além disso, há um alerta para enchentes nos municípios às margens da Lagoa dos Patos, dado o escoamento das águas das chuvas que podem ser influenciadas pela direção dos ventos. A previsão do tempo para a região não é otimista, com expectativas de mais chuva e queda de temperatura, o que pode agravar ainda mais a situação das vítimas e complicar os esforços de resgate.
O esforço de recuperação continua, com autoridades e voluntários trabalhando incansavelmente para aliviar o sofrimento dos afetados e restaurar a normalidade no estado.
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