A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) divulgou sua projeção para o reajuste médio das tarifas de energia elétrica em 2025. A expectativa é de uma alta de 3,5% na conta de luz dos brasileiros, percentual inferior à inflação projetada de 5,6% pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e também abaixo dos 5,1% estimados pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM).

Apesar da média nacional, o professor Érico Rego, da Poli-USP, alerta que os percentuais podem variar conforme a região. Ele destaca a importância dos subsídios aprovados pelo Congresso Nacional, que têm ajudado a aliviar o impacto dos reajustes para os consumidores. Segundo Rego, a atuação da ANEEL tem buscado conter os custos das distribuidoras, mas os subsídios têm sido essenciais para manter as tarifas abaixo da inflação.

A boa situação dos reservatórios de água no país é outro fator positivo, afastando a possibilidade de aplicação de bandeiras tarifárias adicionais que aumentariam ainda mais a conta de luz.

Rego também lembra que a composição da tarifa de energia é complexa, envolvendo geração, transmissão, distribuição e encargos. Ele critica o atual desequilíbrio na alocação de custos e riscos entre os setores, sugerindo que uma distribuição mais justa poderia aliviar a pressão sobre os preços sem afetar a rentabilidade das empresas.

Por fim, o especialista cita a regulamentação da geração eólica offshore como exemplo de medidas que podem influenciar diretamente os valores pagos pelos consumidores, incluindo exigências de contratação de térmicas e incentivos a fontes alternativas de energia.

*Com informações Jovem Pan