quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Rio Verde

Setembro verde: conversa que salva vidas

POR Jornal Somos | 12/09/2018
Setembro verde: conversa que salva vidas

Redação Jornal Somos

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Além do setembro amarelo, que se trata da prevenção ao suicídio, o mês de setembro também é lembrado como mês da conscientização da doação de órgãos. Setembro verde é a campanha que nos faz pensar em como pode ser importante ser doador de órgãos e o que fazer para que as pessoas aceitem essa decisão.


Se você tem essa vontade de ser doador (a), deve deixar bem esclarecido com a família e pessoas que fazem parte de sua vida. Uma doação pode fazer tanta diferença para quem está na fila de espera, com esperança de poder voltar a viver com qualidade.


São crianças, idosos, adultos, homens e mulheres que em decorrência de algum problema de saúde estão passando por esse processo de espera. A doação é um ato de amor ao próximo, uma questão de valorizar a vida do outro.


Durante a conversa, a psicóloga Emanueli Sperandio Gomes, nos contou uma experiência marcante com a doação. ''Na verdade são todos, a partir do momento que temos que abordar a família e dizer que existe uma eminência de morte e depois voltar com a equipe médica para informar que realmente ocorreu um óbito, trabalhar esse luto e depois já tentar abordar esse assunto de doação, eu acredito que tudo é uma experiência diferente porque cada família, cada pessoa tem uma maneira de entender, de aceitar. Uma história que me marcou foi de uma adolescente que fez uma cirurgia em outra cidade e teve complicações, sendo transferida para outro hospital. A família teve todo o suporte, mas o estado grave a levou ao óbito. Foi um trabalho de todos os dias, uma doação muito bonita, porque a mãe conseguiu se perdoar e perdoar a filha, já que estavam em conflito. Eu tive ajuda de partes religiosas por parte da fé da mãe, do esposo, que não era o pai biológico, mas criou a adolescente, tive muita ajuda da família, em todo esse contexto até para aceitação do luto, que a gente não consegue aceitar, mas sim ressignificar. O trabalho que eu acho muito importante é esse, fazer com que a família entenda qual ajuda que podemos oferecer e trabalhar a dor. Essa é uma experiência única, acho que cada pessoa que faz parte desse processo se sente feliz e gratificado, por mais difícil que seja''.


Falamos também sobre a segurança que a família deve ter para aceitar a doação. ''A família vai aceitar a doação quando se sentir segura com a equipe, com a instituição, com o médico, a gente fica o tempo todo com a família, então todos já sabem para a quem recorrer''.


A melhor escolha é estar conversando, porque quem decide hoje a captação de órgãos é a família, eles precisam enxergar como funciona, é necessário deixar estabelecido em vida que a vontade é essa, de salvar outras vidas. Um diálogo pode fazer toda diferença.


Seja um doador.

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