sábado, 23 de novembro de 2024
Instituto Butantan
A Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) divulgou nesta segunda-feira (16/01), alerta à população sobre a importância de reforçar cuidados para evitar escorpiões e outros animais peçonhentos no período chuvoso. No período quente e úmido do verão, os escorpiões saem à procura de abrigo em lugares secos. Esses animais, de maneira geral, não atacam, porém usam seu veneno como mecanismo de defesa quando se sentem ameaçados.
Em 2022, Goiás registrou 921 acidentes por picada de escorpiões. Goiânia foi o município com mais ocorrências do tipo, com 82 notificações, seguido por Rio Verde e Formosa, ambos com 73 ocorrências. O Painel Scorpion da SES-GO aponta que a maioria das pessoas apresentou sintomas leves após a picada. A faixa etária com mais ocorrências é de 20 a 29 anos.
De acordo com dados mais recentes do Ministério da Saúde, foram registrados mais de 154 mil acidentes por picada de escorpião em todo o Brasil.
O Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Goiás (Ciatox) presta atendimento em caráter de emergência, quando há qualquer situação de envenenamento ou intoxicação e também acidentes com animais peçonhentos, auxiliando profissionais da área de saúde, assim como toda a população. Qualquer um pode acionar os médicos do Ciatox em caso de necessidade através dos telefones 0800 646 4350, 0800 722 6001 ou (62) 3241-2723.
“A unidade possui uma equipe multidisciplinar de médicos, enfermeiros, farmacêuticos, médicos veterinários, entre outros, que atuam em regime de plantão, 24 horas por dia, inclusive em feriados e finais de semana”, detalha a enfermeira Juliana de Freitas, do Ciatox. Segundo ela, o papel mais importante desse centro é a prontidão em auxiliar a população e os profissionais de saúde nas unidades espalhadas por Goiás.
Orientações
De acordo com a enfermeira do Ciatox, devem ser tomados para evitar possíveis agravos com escorpiões ou qualquer outro animal peçonhento. “Usar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem; ter cuidado ao calçar sapatos fechados, balançar roupas, sapatos, toalhas e outros, antes do uso; afastar camas das paredes; não deixar acumular entulho no quintal e manter a grama sempre aparada são ações que evitam esse tipo de acidente”, pontua a enfermeira.
Em situação de interação com um animal peçonhento, basta acionar os profissionais do Ciatox para saber como proceder. “Em um primeiro momento, retire tudo que possa apertar a região da picada, como anéis, pulseiras ou cintos; lave o local com água limpa e sabão e procure uma unidade de saúde mais próxima. Deixe a região afetada elevada em relação ao resto do corpo; evite correr e não dirija sozinho. Também é importante fotografar o animal, para auxiliar o médico no diagnóstico e tratamento do agravo”, orienta Juliana.
A picada do escorpião causa dor imediata e também pode causar formigamento, vermelhidão e suor no local da ferida.
Crianças são mais vulneráveis e podem sentir tremores, náuseas, vômitos, agitação incomum, excesso de saliva e hipertensão por alguns minutos ou horas. É importante destacar que todos os escorpiões são venenosos e que a gravidade aumenta devido à espécie e à quantidade de veneno injetada.
São quatro as principais espécies. O escorpião-amarelo, encontrado em todas as regiões, é o mais venenoso. O escorpião-marrom é encontrado na Bahia e em alguns locais do Centro-Oeste, Sudeste e Sul. O escorpião-amarelo-do-nordeste é mais comum no Nordeste, mas há registros em São Paulo, no Paraná e em Santa Catarina. Já o escorpião-preto-da-amazônia, principal causador de acidentes e mortes, é comum em Estados da Região Norte e no estado do Mato Grosso, no Centro-Oeste.
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