quarta-feira, 08 de outubro de 2025

Serial killer Rildo Soares é indiciado por feminicídio, estupro e ocultação de cadáver

POR Marcos Paulo dos Santos | 08/10/2025
Serial killer Rildo Soares é indiciado por feminicídio, estupro e ocultação de cadáver
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Após quase um mês de investigações, a Polícia Civil concluiu o primeiro inquérito contra o serial killer Rildo Soares dos Santos, de 33 anos. Ele foi indiciado pelos crimes de feminicídio, estupro, ocultação de cadáver e furto qualificado pela morte de Elisângela da Silva Souza, de 26 anos, em Rio Verde.

 

O caso foi conduzido pelo delegado Adelson Candeo, titular do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Rio Verde, e encaminhado ao Ministério Público de Goiás (MPGO), que decidirá se o acusado será denunciado à Justiça. Segundo Candeo, se condenado, Rildo pode cumprir até 66 anos de prisão, considerando os agravantes de violência e motivo torpe.

 

Mesmo com o indiciamento, outras 17 investigações seguem em andamento contra o criminoso em Goiás e na Bahia. Só em território goiano, ele é apontado como autor de 11 crimes, incluindo três feminicídios, sete estupros ou tentativas, dois desaparecimentos, um latrocínio tentado e dois roubos.

 

Feminicida confesso

 

Natural da Bahia, Rildo morava em Rio Verde e confessou o assassinato de três mulheres: Elisângela da Silva Souza, Monara Pires e Alexânia Hermógenes Carneiro. Segundo o delegado, o perfil do investigado se enquadra no de um “criminoso em série”, com comportamento frio, violento e ausência total de empatia.

 

“Ele demonstrava uma fachada de normalidade, mas cometia os crimes com extrema brutalidade, sempre de madrugada e, em alguns casos, utilizando fogo”, explicou Candeo.

 

O crime

 

Elisângela desapareceu em 11 de setembro, após sair de casa para trabalhar, por volta das 4h. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que ela foi forçada pelo acusado a acompanhá-lo até um terreno baldio.

 

De acordo com o inquérito, Rildo afirmou que pretendia apenas roubar a jovem, mas reagiu com violência depois de ser ferido por ela com uma faca. Ele então a estuprou, matou e desfigurou, enterrando parcialmente o corpo no local. O celular da vítima foi levado e depois encontrado escondido sob o colchão do suspeito, junto a outros objetos das vítimas — o que, segundo a polícia, servia como “lembrança” dos crimes.

 

O corpo de Elisângela foi localizado na Avenida 75, esquina com a Rua 20, no Bairro Popular. O reconhecimento foi feito pelas roupas que ela usava no momento do desaparecimento.

 

Prisão e confissão

 

Após o crime, Rildo retornou ao local do assassinato durante o trabalho da perícia, misturando-se à população que acompanhava a ocorrência. Ele foi reconhecido por um policial e tentou fugir a pé, mas acabou preso.

 

No primeiro depoimento, negou o estupro, porém exames periciais confirmaram o abuso. Dias depois, já na Casa de Prisão Provisória (CPP), confessou detalhadamente os crimes, reforçando o perfil violento e meticuloso identificado pela investigação.

 

Com informações de Mais Goiás.

 

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