terça-feira, 23 de abril de 2024

Rio Verde

Secretaria do Meio Ambiente explica peixes mortos no Córrego do Sapo

POR Jornal Somos | 05/09/2019
Secretaria do Meio Ambiente explica peixes mortos no Córrego do Sapo

Prefeitura

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Moradores da Vila Mariana relataram que nesta quarta-feira (04) pela manhã, apareceram vários peixes mortos boiando no córrego do Sapo, abaixo da ponte que liga a Vila até o Bairro Promissão.

 

Eles dizem estar preocupados, já que na semana passada ocorreu a mesma situação e ninguém sabe ao certo, a causa da morte dos peixes, por isso pedem uma posição da prefeitura, até porque várias pessoas estão sendo flagradas pescando no córrego, sem nem saberem os riscos à saúde que esses peixes podem trazer.

 

O Engenheiro Ambiental da prefeitura, Carlos Henrique, conversou com nossa equipe e nos contou que ele está à frente do Projeto Águas Claras, criado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA), com o objetivo de recuperar a qualidade das águas do córrego do sapo.

 

Ele disse ainda que recebeu as duas denúncias de peixes mortos no córrego. “Na segunda-feira (26/08) recebemos uma denúncia que relatava o aparecimento de peixes mortos no córrego do sapo, especificamente na travessia próximo à justiça do trabalho. Fomos ao local e encontramos entorno de 10 peixes boiando, que possivelmente morreram por falta de oxigênio na água.”

 

Carlos Henrique nos contou ainda que caminhando pelo córrego, encontrou algumas contribuições de esgotos caindo na rede de água pluvial, sendo que acima dessas contribuições já havia peixes vivos.

 

No dia seguinte, na terça-feira (27/08), apareceram uma grande quantidade de peixes boiando no mesmo local, dessa vez cerca de 200 kg. Alguns foram coletados pela equipe da SEMMA e foram levados para uma análise com a professora do IF goiano, Dra Lia Raquel, que desenvolve um trabalho com peixes do córrego do sapo, analisando justamente a interferência da qualidade da água nesses animais.

 

Ela abriu alguns peixes e verificou que possivelmente o motivo da morte foi a falta de oxigênio na água, que é causada justamente pelo lançamento de esgoto sem tratar na água do córrego. Além disso, outro fato que agrava é que no período seco o córrego fica com um volume muito baixo de água, tendo pouco poder de diluição.

 

O engenheiro informou que será feito um trabalho da SEMMA, em parceria com a Secretaria de Obras e a BRK, para identificar possíveis ligações de esgoto na rede pluvial nessas duas redes que foram constatadas contribuição de esgoto.

 

Quanto ao caso de ontem, Carlos nos conta que segundo os relatos, os peixes apareceram mortos pela manhã, mas a denúncia chegou a SEMMA apenas a tarde e quando a equipe foi verificar, já não havia mais peixes mortos no local e nem indício de alguma contribuição.

 

De toda forma, o caso será investigado e ele alerta que para melhorar a eficiência da secretaria, é necessário que as denúncias sejam feitas o mais rápido possível.

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