quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O alerta vem após o Procon de Rio Verde, órgão municipal de proteção ao consumidor, receber novas reclamações do chamado "golpe do colcão".
Segundo nota publicada pelo órgão, esse é um caso antigo que já fez várias vítimas no município. Geralmente pessoas idosas, que estão debilitadas, caem na lábia de homens bem vestidos que chegam às suas residências e, por meio de contrato, vendem um colchão magnético a preços exorbitantes.
Conforme explica Coordenadora do Procon Rio Verde, Ana Carolina, “o golpe se dá quando vendedores bem apresentados, com elevado poder de persuasão e com veículos de alto valor, visitam a vítima para vender um colchão magnético, prometendo que o produto auxilia no tratamento de várias doenças, como artrite, artrose, doenças respiratórias, entre outras”.
O preço inicial do colchão informado às vítimas é de R$ 6 mil e, quando financiado, ultrapassa o valor de R$10 mil, que geralmente é dividido em 12 parcelas. Ao fechar o negócio, o vendedor faz o comprador assinar um contrato com a descrição da forma de pagamento. E, aí, quando a vítima descobre que caiu em um golpe tenta desfazer a compra, mas não consegue porque na maioria das vezes já passou o “prazo de arrependimento”, determinado pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), que é de sete dias. Assim, a empresa do colchão alega que o prazo já expirou e não pode cancelar a venda.
A Coordenadora do Procon pede para que a população fique em alerta, que devido a pandemia do novo coronavirus, muitos idosos estão em suas residências, por fazerem parte do grupo de risco, para não caírem nesse golpe.
Golpe duplo
E não ficou apenas no golpe da venda em si. Em outros casos atendidos pelo Procon em Rio Verde, o vendedor avisou que os pagamentos seriam realizados via boleto, mas com posse de todos os dados e documentos pessoais da pessoa, levou a vítima até a agência bancária e firmaram um empréstimo consignado em seu nome.
Há ainda o fato de que o produto usa propaganda enganosa, pois segundo relatam as vítimas, o colchão não apresenta nenhum benefício para quem o usa, já que não diminui dores ou alivia qualquer outro sintoma.
Para evitar que problemas como o mencionado nesta matéria, sempre que um produto seja oferecido com alguma vantagem, faça constar no contrato ou em um documento da empresa, para que caso não satisfaça sua expectativa possa procurar o órgão de defesa do consumidor e fazer sua reclamação.
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