quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
As manifestações em rodovias, realizadas por caminhoneiros em apoio ao governo do presidente Jair Bolsonaro e contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), seguem em seu segundo dia, nesta quinta-feira (9), em ao menos 15 estados. Apesar de os bloqueios ocorrerem em diversos locais do território goiano, no perímetro urbano de Rio Verde, na BR-060 e BR-452, que cortam a cidade, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informa que o fluxo permanece sem alterações, com trânsito dentro da normalidade para veículos leves e de carga.
Os estados com bloqueios confirmados pelo boletim atualizado do Ministério da Infraestrutura com dados da PRF são Goiás, Bahia, Mato Grosso, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Tocantins, Rio de Janeiro, Roraima, Maranhão, Rondônia, Pernambuco e Pará. Somente carros pequenos, veículos de emergência e cargas de alimentos perecíveis estão sendo liberados pelos manifestantes na maior parte destes locais.
As paralisações permanecem mesmo após a divulgação de um áudio gravado por Bolsonaro pedindo a estes caminhoneiros para que liberem as rodovias brasileiras. A justificativa para o pedido, de acordo com o presidente, é de que esses bloqueios “atrapalham a economia” e “prejudicam todo mundo, em especial, os mais pobres”.
“Fala para os caminhoneiros aí, que são nossos aliados, mas esses bloqueios atrapalham a nossa economia. Isso provoca desabastecimento, inflação e prejudica todo mundo, em especial, os mais pobres. Então, dá um toque nos caras aí, se for possível, para liberar, tá ok? Para a gente seguir a normalidade. Deixa com a gente em Brasília aqui e agora. Mas não é fácil negociar e conversar por aqui com autoridades. Não é fácil. Mas a gente vai fazer a nossa parte aqui e vamos buscar uma solução para isso, tá ok? E aproveita, em meu nome, dá um abraço em todos os caminhoneiros. Valeu”, disse o presidente no áudio.
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, também se manifestou, em um vídeo, sobre os bloqueios nas rodovias, confirmando a veracidade desse áudio de Bolsonaro destinado aos caminhoneiros, e afirmando também que esse protesto irá agravar a crise econômica, gerando desabastecimento e impactando os mais vulneráveis, afirmando ainda que não se pode “tentar resolver um problema criando outro”.
“Essa paralisação ia agravar efeitos na economia, na inflação que ia impactar os mais pobres, os mais vulneráveis. Já temos hoje um efeito no preço dos produtos em função da pandemia. A inflação hoje também tem um componente internacional. E uma paralização vai trazer desabastecimento, vai acabar impactando os mais pobres, os mais vulneráveis e prejudicando a população. A gente sabe que há uma preocupação de todos com a melhoria da situação do país, há uma preocupação de todos com a resolução de problemas graves. Mas a gente não pode tentar resolver um problema criando outro. E, principalmente, prejudicando os mais vulneráveis. Daí a preocupação do presidente da República. Então, peço a todos que ouçam, que escutem atentamente às palavras do presidente, que a gente tenha serenidade para pavimentar um futuro melhor”, afirmou o ministro por meio de um vídeo.
(Com informações do G1 e da PRF)
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