quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Nos últimos dias as dúvidas quanto ao retorno ou não das aulas presenciais voltaram a assolar os pais, professores, servidores e órgãos da Educação. Isso tudo por conta da nota técnica publicada primeiro pela COE - Centro de Operações de Enfrentamento da Covid em Goiás. (clique e leia) Apesar da nota técnica que autoriza o retorno das aulas presenciais em Goiás, os maiores municípios do Estado sinalizam que a retomada deve ficar para o ano que vem. Entre os fatores que influenciam na decisão, secretarias de educação citam a proximidade com as férias escolares, resistência dos pais e a necessidade de adaptações nas estruturas das escolas.
E nessa sequência, a cidade de Rio Verde também emitiu resposta sobre o assunto: "A secretaria de Educação, informa que esse ano não tem previsão de retorno das aulas presenciais, os estudos acontecem online." Informação que não chega a ser novidade, já que todas as vezes em que o secretário da pasta, Miguel Ribeiro, foi questionado sobre o assunto, ele afirmou que estariam prontos quando fosse necessário mas que nada seria feito às pressas. Hoje, sexta feira (06/11) inclusive saiu mais um decreto reiterando essa suspensão no município da aulas. Leia o documento completo.
Além de Rio Verde, outros municípios que tem porte aproximado também acreditam que esta seja a solução ideal. A exceção de Aparecida de Goiânia que decidiu pelo retorno, mesmo que ela não será integral. O comitê que discute o assunto decidiu testar o retorno com os alunos do 9º ano do ensino fundamental. A volta para esses estudantes está prevista para o dia 16 deste mês. Só com o resultado da experiência é que a volta integral deve ser pensada. A capital de Goiás, Goiânia, ainda não emitiu nota sobre o assunto, até o momento.
Em Jataí, a Secretaria Municipal de Educação (SME) afirma que a volta em 2020 geraria transtorno. A pasta diz que espera a retomada em 2021, mesmo assim de forma gradual e híbrida “até que a vacina preventiva esteja disponível” na cidade. Em análise As secretarias de Anápolis e Itumbiara não firmaram decisão. As gestões dos dois municípios estão com reunião marcada para discutir o assunto nos próximos dias.
Os municípios de Águas Lindas, Catalão e Trindade já tomaram decisão, isso segundo informações publicadas pelo jornal O Popular. A diretora administrativa da Secretaria de Educação de Águas Lindas, Denise Silva, explica que a posição foi avaliada com os pais. “Nós fizemos uma pesquisa com as famílias e 90% disseram que não pretendem levar os filhos caso as aulas presenciais voltem neste ano”, explica. Para a diretora, as atividades remotas estão dando certo. Em Catalão também acreditasse no mesmo. Para o secretário de Educação da cidade, Leonardo Santa Cecília, a volta mais ideal será no próximo ano “caso as condições se mantenham”. O gestor aponta que os mais de 8 mil alunos do município seguem com atividades remotas e que elas estão “em pleno funcionamento”.
Mesmo assim, a tendência é que o ano encerre apenas com atividades remotas. A Associação Goiana de Municípios afirmou que não deve firmar posição sobre a volta. Segundo a entidade, a discussão é complexa e é preciso acompanhar resistência da população. A volta das aulas presenciais na rede estadual de Goiás segue indefinida. O retorno depende de posição da Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO), que está com reunião marcada para a próxima segunda-feira (9), quando deve discutir o assunto. O encontro terá presença de representantes do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO), Conselho Estadual de Educação (COE) e Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego). Só após a reunião é que a SES deve indicar posição.
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