O laudo técnico realizado pela Polícia Civil de Rio Verde sobre o vazamento de amônia ocorrido na BRF em setembro de 2022, apontou que houve imprudência ou negligência. 

De acordo com informações divulgadas pelo Portal Olha Goiás, o laudo traz que houve falha na vigilância das máquinas e equipamentos que estavam funcionando sem seguir as normas técnicas de fabricação. Além disso, havia peças faltando nos equipamentos e falta de inspeção e manutenção preventiva. Outro detalhe analisado foi a ausência de medidas de controle para proteger e evacuar os funcionários do local. 

O acidente, que aconteceu por volta das 16h do dia 18/08/2022, causou a morte de duas pessoas, e outros 12 funcionários foram intoxicados com a nuvem de amônia.

Segundo o laudo, era possível constatar o aumento quadrático das pressões por volta das 08h do dia do acidente, onde já deveria ter restringido o acesso dos funcionários no local para verificação do aumento. 

Na investigação, também foi possível identificar que os funcionários não tinham conhecimento sobre os processos corretos de evacuação, analisando que no momento do vazamento todos dispersaram para locais diferentes. Havendo falha também na equipe interventora, ao não desligar as bombas e equalizar a pressão. 

O laudo conclui que a empresa assumiu o risco do acidente que levou a morte de dois funcionários, que tiveram os corpos queimados pelo vazamento de gás. A família de uma das vítimas, move ação na Vara do Trabalho.

O portal Olha Goiás divulgou a nota da BRF sobre o acidente:

A BRF informa que sua operação segue os mais rígidos padrões de segurança e que tem como compromisso inegociável a qualidade e a integridade de seus colaboradores e prestadores de serviço. A Companhia não comenta investigações em andamento.

Com informações do portal Olha Goiás.