quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Rio Verde

Quais são os contraceptivos distribuídos pelo SUS?

POR Jornal Somos | 04/07/2018
Quais são os contraceptivos distribuídos pelo SUS?

Redação Jornal Somos

E

Existem diversos métodos contraceptivos, mais de 10 estão disponíveis no mercado. Mas o que buscamos saber são os que estão disponíveis no Sistema Único de Saúde(SUS). Em tese, no SUS existem 8 tipos de contraceptivos disponíveis para a população mas, na prática, não são totalmente distribuídos por conta da desinformação e, na maioria das vezes, faltam profissionais adequados para aplicação de alguns métodos. Os métodos contraceptivos evitam gravidez indesejada e devem ser escolhidos com a ajuda de um profissional.

 

Em contato com a Secretaria de Saúde de Rio Verde, obtivemos mais informações sobre quais contraceptivos são disponíveis na farmácia básica que distribui os remédios requisitados pelo governo. Hoje, pelo SUS, são distribuídos gratuitamente: Dois tipos de pílulas anticoncepcionais orais, injeções mensais e trimestrais, pílulas do dia seguinte, e os preservativos femininos e masculinos. Também é possível requerer o método Dispositivo Intrauterino (DIU) de cobre pelo CAIS.

 

O Ministério da Saúde diz que, se as unidades de atendimento básico não disponibilizarem o método procurado - entre os que são ofertados pelo SUS -, o paciente deve cobrar informações das secretarias ou conselhos municipais de Saúde. Isso pode ser feito por meio de ouvidorias. A sugestão é que as pessoas reportem o problema no Disque Saúde (discando 136)- serviço de atendimento à população do Ministério da Saúde.

 

Lista de contraceptivos oferecidos pelo SUS:

  • Anticoncepcional oral 'combinado'- A pílula é muito eficaz, mas precisa ser tomada todos os dias. Esquecimentos aumentam a chance de gravidez. O método tem eficácia em 99,7% dos casos, mas isso quando se considera o uso "perfeito", ou seja, quando o medicamento é tomado todos os dias corretamente. Mas esquecimentos são comuns e aí a proteção cai significativamente - para em torno de 91%. A eficácia também pode ser comprometida se a mulher tiver diarreias intensas e vômitos.
  • Minipílula- Essa pílula anticoncepcional só possui um tipo de hormônio, a progesterona. Embora também atue inibindo a ovulação, a eficácia é menor que a pílula anticoncepcional combinada, por isso só costuma ser indicada durante o período de amamentação. E por possuir quantidade pequena de hormônio, é ainda mais importante observar a regra de tomar todos os dias, no mesmo horário. Um simples atraso de mais de três horas no horário de tomar já reduz a eficácia. Cada cartela tem 28 pílulas e não há intervalo entre uma cartela e outra.
  • Injeção mensal ou trimestral- É considerado mais eficiente que o anticoncepcional em pílula porque a mulher não precisa se lembrar de tomá-lo diariamente. O injetável mensal contém dois hormônios- estrogênio e progesterona. Já o injetável trimestral só possui progesterona, o que reduz ainda mais as contraindicações e os riscos. É importante lembrar que, embora a eficácia desse método ultrapasse 99%, esse percentual cai se a nova dose não for injetada no término de 30 dias (no caso do mensal) ou 90 dias (no caso do trimestral).
  • DIU de cobre- é o principal método contraceptivo de longa duração. Apresenta seis falhas a cada mil casos e dura 10 anos. Por não depender da "memória" e pela eficácia continuada, é considerado, por muitos especialistas, um dos métodos mais eficientes para evitar a gravidez. O principal efeito colateral é um fluxo menstrual mais intenso, para algumas mulheres.
  • Camisinhas feminina e masculina- São os únicos métodos contraceptivos capazes de prevenir contra doenças sexualmente transmissíveis, como a aids. As camisinhas masculina e feminina não devem ser usadas ao mesmo tempo, porque o atrito pode aumentar o risco de rompimento.
  • Diafragma- Também é um método de barreira, mas a eficácia é bem menor que a da camisinha e não previne contra doenças sexualmente transmissíveis. Pode ser usado junto com a camisinha, para aumentar a eficácia.
  • Pílula de emergência (ou pílula do dia seguinte) - Essa pílula só contém o hormônio progesterona, mas em quantidade maior que em uma pílula anticoncepcional comum. Não deve ser usada como método contraceptivo, porque a eficácia é bem menor- 75%. A eficácia é maior até 72 horas após o ato sexual, mas pode ser tomada até cinco dias depois - quanto maior a demora em tomar, menor a eficácia em evitar a gestação.
  • Laqueadura e vasectomia- Única contracepção cirúrgica. A esterilização é oferecida no SUS somente para homens e mulheres com mais de 25 anos ou dois filhos. Em várias clínicas, os profissionais de saúde se confundem com essa regra achando que é preciso ter mais de 25 anos e dois filhos, mas os critérios são independentes.

 

Todos esses métodos podem ser oferecidos pelo Sistema Único de Saúde- SUS. Cada mulher deve escolher, conforme suas necessidades, o contraceptivo mais adequado juntamente com seu ginecologista. O ideal é ter todos eles à disposição, principalmente os de longa duração, além de acesso a informação sobre cada um deles.

Jornal Somos

Jornal Somos

Jornal online com a missão de produzir jornalismo sério, com credibilidade e informação atualizada, da cidade de Rio Verde e região.

COMPARTILHE: