quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Reprodução/Twitter
O assunto relacionamento abusivo tem repercutido muito durante o início desta semana, após cenas entre os participantes do “BBB 23” Bruna Griphao e Gabriel. A atriz e o modelo estão juntos desde que trocaram beijos na primeira festa do reality show.
No último domingo (23), o apresentador do programa, Tadeu Schmidt falou sobre a relação dos participantes.
"Eu estou aqui pra fazer um alerta antes que seja tarde. Quem está envolvido num relacionamento, talvez nem perceba, talvez ache que é normal. Mas quem está de fora, consegue enxergar quando os limites estão prestes a ser gravemente ultrapassados", disse o apresentador.
Ele relembrou uma conversa entre o casal: "olha esse diálogo que aconteceu ontem. Bruna falando: 'Eu sou o homem da relação'. Gabriel falando: 'Mas já, já você vai tomar umas cotoveladas na boca'".
"Gabriel, numa relação afetiva, certas coisas não podem ser ditas nem de brincadeira. Esse era o recado que eu queria deixar pra vocês."
De acordo com a psicóloga, Ana Clara Perdomo, quando se fala de relacionamento abusivo, é importante desconstruir a imagem de uma mulher sempre frágil, indefesa, que já passou por muitos traumas e sofrimento e o homem sempre como forte “que tem características, até físicas, de um agressor”, explica.
“Isso desqualifica uma mulher, que pode ser completamente emponderada, dona de si, de estar em uma relação dessa forma, que é exatamente o que aconteceu na casa do Big Brother”, afirma Ana Clara.
“Uma pessoa não se coloca nesse papel em uma relação, como a Bruna, sem que tenha uma raiz, e foi o que ela foi caracterizando depois dos acontecimentos. Que todos os relacionamentos dela têm esse tipo de agressão verbal, que são relacionamentos tóxicos, difíceis, e que aquele com o Gabriel tinha sido mais leve”, explica a psicóloga.
Ela ainda fala sobre a importância de acolher as pessoas que passam por esse tipo de relacionamento. “Eu preciso olhar para essa pessoa com muito carinho e respeito, para eu poder acolhê-la e não julgá-la”, ressalta.
Sinais de uma relação tóxica
Sobre os sinais de uma relação abusiva, a psicóloga explica que os principais sinais são quando a pessoa deixar de ter sua individualidade, se sente desconfortável ou com medo.
“Em toda discussão a pessoa nunca está errada, ela sempre dá um jeito de voltar a situação como se o erro fosse meu”, exemplifica Ana Clara.
Ela ainda ressalta que a agressão não é só a física como também verbal. E f
Como sair desse tipo de relação?
De acordo com a psicóloga, é importante avaliar como está a relação da vítima consigo. “Eu ensino o outro a como ele tem que me tratar, então para eu colocar limites dentro de uma relação, daquilo que eu aceito, que eu não aceito, eu preciso saber quais são os meus limites para eu colocar esse limite para outra pessoa”.
Para sair de uma relação abusiva, a psicóloga fala sobre a importância de ouvir o que as pessoas próximas têm a dizer e principalmente avaliar como são os sentimentos dentro da relação.
“Às vezes as pessoas entendem que estão em uma relação tóxica e abusiva, mas não tem forças suficientes para poder sair disso”. No entanto, ela explica que o reconhecimento já é muito importante.
A psicóloga reforçou a importância de uma rede de apoio para acolher a vítima. “E quando identificar e sair de relações assim, procurar uma terapia, procurar se conhecer, procurar entender o que aconteceu, como aconteceu para fazer o acolhimento necessário dentro de situações como essa”, encerrou a profissional.
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