Nos últimos dias, o resultado das queimadas tem prejudicado muito os produtores rurais da região sudoeste.

Na última quarta-feira (18), o Corpo de Bombeiros de Rio Verde registrou 90 focos de queimadas em matas que causaram sérias perdas aos produtores rurais. O vento forte contribuiu para que o fogo se alastrasse e tomasse conta de toda a região, encobrindo o céu e matando tudo por onde passava.

Os prejuízos são imensuráveis, máquinas agrícolas queimadas, animais mortos, sem contar com o empobrecimento do solo, redução de produtividade, eliminação de nutrientes fundamentais para qualquer cultura vegetativa, como matéria orgânica, potássio, fósforo e nitrogênio.

Os produtores rurais, Sindicato Rural de Rio Verde e Corpo de Bombeiros, reuniram-se na noite desta quinta-feira, 19, para encontrar uma solução imediata para o controle do fogo. “Infelizmente chegamos a uma situação caótica, não sabemos quantos dias permaneceremos sem chuva, por isso, o momento agora é de união, cautela e ajuda mútua”, disse o produtor rural Valderlei Secco que participa ativamente de reuniões e de frentes de trabalho para combater os incêndios.

Um dos questionamentos levantados durante a reunião foi a desmistificação de que o produtor rural é o vilão da história. “Temos que parar com esse faz de conta, chega de colocarem o produtor rural como o causador das queimadas, se não fôssemos nós, o estado de Goiás inteiro já teria pego fogo, nós não somos os culpados, muito pelo contrário, nós somos os mais interessados em não termos prejuízos em nossas propriedades”, disse Maicon, integrante do grupo Terra Forte.

O presidente do Sindicato Rural, Luciano Guimarães, solicitou monitoramento constante nos próximos dias e união. “Precisamos estar atentos o dia todo, por isso peço que façamos um trabalho em conjunto, que usemos as redes sociais para disseminação de focos e de quem estiver precisando de ajuda”.

O corpo de bombeiros de Rio Verde explicou que os produtores rurais possuem grandes estruturas e que são treinados para os combates, mas que estão sempre à disposição. “Estamos atuando em várias regiões e as nossas frentes de trabalho não param”, reforçou o Tenente Coronel Amilton.