Devido ao atraso da chegada das chuvas no sudoeste goiano, muitos produtores que plantaram soja em outubro não obtiveram muita produtividade já que neste período houve muita seca, sem contar nas queimadas. Segundo José Roberto Brucceli, que é um produtor rural da região e faz parte da diretoria do Sindicato Rural de Rio Verde, de 400 mil plantas plantadas, apenas 250 mil sobraram devido à seca.

No entanto o diretor vê a produtividade adiantada mesmo que na seca como uma vantagem também, já que quem plantou neste período irá poder aproveitar o timing para plantio da safrinha do próximo ano.

Já quem esperou as chuvas e iniciou o plantio entre o dia 15 e 20 de novembro, irá ter uma boa produtividade, porém a colheita será feita após o período da safrinha, o que pode trazer prejuízo já que  o milho será plantado fora de época e terão baixa produtividade tendo que esperar até a próxima safra para se recuperar.

Brucceli considera uma perda para os dois lados. “Todo mundo se saiu mal, aquele que plantou cedo irá se sair mal porque não vai ter produtividade, mas vai plantar a safrinha no time correto. Aquele que deixou para depois talvez pode colher a soja bem, mas vai perder o timing do período da safrinha então todo mundo está enfrentando problemas.”

Quando perguntado se a má produtividade pode afetar no mercado Brucceli esclarece que a região já está muito bem e com 50% da safra 2019/2020 vendidas em torno de R$ 75,00 o saco.  O diretor do Sindicato Rural também fala sobre as vendas.

Tudo é um jogo de mercado, é igual jogar carta mesmo, às vezes você ganha e as vezes você perde, se você arriscar, você tem chance de ganhar muito ou perder muito.