sábado, 20 de abril de 2024

Rio Verde

Preso extorquiu pelo menos 10 homens com perfis falsos de mulheres de dentro da cadeia

POR | 27/11/2020
Preso extorquiu pelo menos 10 homens com perfis falsos de mulheres de dentro da cadeia

Divulgação

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Após dois meses de investigações, a Polícia Civil de Goiás, através do Grupo de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Gepatri) de Rio Verde, identificou um homem suspeito de se passar por mulheres na internet para pedir fotos íntimas a homens, e depois extorqui-los para não divulgar as imagens.

 

 

Segundo a Polícia Civil de Rio Verde foram cumpridos mandado de prisão preventiva em desfavor de um detento da Casa de Prisão Provisória (CPP) de Jataí. E durante o cumprimento de mandado de busca na cela em que o detento encontrava-se preso, os policiais civis e penais apreenderam 11 aparelhos de telefones escondidos em fundos falsos nas paredes e camas da cela. Ainda, foram cumpridos  mandados de buscas em casas de familiares e partícipes do investigado -  sendo apreendido vários comprovantes de depósitos bancários e demais elementos de prova.

 

 

 

De acordo com as investigações e relato da vítima, o criminoso agia com perfis falsos em redes sociais onde se passava por mulheres, enviava fotos sensuais e, posteriormente, solicitava uma foto íntima que comprometia assim a imagem da vítima.  Logo após, o investigado contatava a vítima, se passando por mãe ou pai da falsa menina (que alegava ser menor de idade) e exigia depósito de dinheiro para não denunciar os fatos.  Em alguns casos, o criminoso ameaçava, caso não recebesse o valor solicitado, divulgar as fotos sensuais das vítimas em redes sociais e ainda o envio de tais imagens para a família do extorquido. Para mensurar tamanha a audácia do criminoso, em uma situação comprovada, ele se identificou como Delegado de Polícia, inclusive, utilizando uma foto de um Delegado no perfil do WhatsApp dizendo que era para a vítima transferir o valor solicitado para ele não ser preso.

 

 

As investigações prosseguem no sentido de apurar o envolvimento de outros detentos e demais pessoas, o que pode configurar associação ou organização criminosa.

 

 

Após análises nos aparelhos de telefones apreendidos na cela foi possível constatar um número bem maior de vítimas, inclusive de outros Estados da federação que ainda não registraram ocorrência, no entanto, realizaram depósito de valores temendo que as imagens compartilhadas fossem divulgadas ou que fossem denunciados para a polícia. A investigação apurou até o momento que podem ter sido aproximadamente 10 pessoas que caíram no golpe, e pagaram até R$ 5 mil ao criminoso. O nome do suspeito não foi divulgado.

 

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