Os consumidores do estado têm sentido no bolso as alterações dos valores do combustível que têm acontecido ao longo das semanas. Em muitas cidades, é possível encontrar o etanol a R$3,00 e a gasolina a quase R$5.

O que causa estranhamento são as constantes e quase diárias variações nos preços. O levantamento semanal de preços do etanol mostrou que o preço do produto vendido em Goiás passou de R$ 1,21 para R$1,43 na semana passada. Para compra nas distribuidoras, o valor já teria chegado a R$ 2,50, por isso, o aumento para revenda nos postos, gerando uma margem de lucro de aproximadamente 18%.

Para Lucia Michalczyk, gestora do PROCON, a variação não acontece apenas em Rio Verde.

“Em Rio Verde, a nossa equipe recolhe todas as notas fiscais dos postos de combustíveis e faze uma planilha. Nós temos uma variação em todos os combustíveis de 12 a 18%. Esse aumento é em todo o Brasil, não é só na cidade. Acontece que a Petrobras tem uma autorização do Governo Federal para aumentar o valor, e esses aumentos podem acontecer até 2 vezes por dia. Sai da usina com um preço e chega ao consumidor com esse preço alto que estamos vendo. A variação em Rio Verde tem uma margem de 18% do valor da nota de compra até chegar ao consumidor. Hoje temos na cidade gasolina a R$4,91, etanol de R$2,67, e outros valores maiores. Não é culpa do Município, dos donos de postos daqui e nem do estado, isso vem do governo federal e da Petrobras”.

Com toda essa alteração e instabilidade, Lucia faz a sua recomendação.

“O nosso conselho é pesquisar, economizar, e, quem puder outro meio de locomoção, que o faça. Nós não temos como impedir ou dizer para que os postos pratiquem o preço menor, porque ele compra o combustível com preço elevado e, infelizmente, não vemos redução nesses valores, a tendência que se vê é sempre aumentar”.