A Polícia Civil (PC) emitiu hoje, quinta-feira (30), um comunicado quanto ao acidente de trânsito ocorrido por volta das 17h da última segunda-feira (27), na Rua Piauí no Bairro Primavera em Rio Verde, oportunidade que um policial militar aposentado que estava embriagado, conduzia uma picape Saveiro e acertou um Volvo V40, que devido a força do impacto, bateu em um terceiro carro que atingiu o comerciante Rodrigo José da Silva, de 35 anos, resultando em uma fratura exposta na perna da vítima, que no hospital, teve de amputá-la.

No dia do crime, o delegado que assumiu o caso, definiu como lesão corporal culposa grave na direção de veículo automotor, qualificada pelo fato do condutor estar embriagado, (artigo 303, § 2º, da Lei N° 9.503/97), o que revoltou à população rio-verdense, que entendia que o correto seria a autuação pelo crime de tentativa de homicídio, devido a gravidade do acidente. A partir disto, passou a circula nas redes sociais, uma mensagem sugerindo que a polícia tenha dado tratamento brando ao caso, devido se tratar de um policial, que inclusive é irmão do comandante da Agência Municipal de Trânsito (AMT) da cidade.

Por conta desta repercussão, a PC se posicionou hoje, esclarecendo que a decisão do delegado foi tomada porque "não foram apresentadas testemunha que indicassem as circunstâncias do acidente, e nem foi possível escutar a vítima, tendo em vista que ela encontrava-se em socorro no hospital devido o grave ferimento sofrido."

Contudo, com as provas que o delegado tinha em mãos, o autor do acidente "foi preso em flagrante, ainda no dia do fato, e sem direito à fiança", e assim, "a classificação do crime em doloso ou culposo, naquele momento não fez qualquer diferença". A polícia ainda ressaltou que esta "tipificação poderá ser alterada com o decorrer das investigações e surgimento de novas provas, como por exemplo testemunhas, filmagens, etc."