quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Começou nesta segunda-feira (14/06) a Campanha Nacional de Coleta de DNA para Desaparecidos. A iniciativa é lançada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. As coletas seguem até o dia 18 deste mês em todos os Estados e no DF. Em Goiás, a Secretaria de Estado da Segurança Pública de Goiás, realizará as coletas através dos Núcleos da Polícia Técnico-Científica. O foco é atualizar os dados de pessoas não localizadas, trazendo respostas às famílias através da coleta de material biológico de familiares de pessoas desaparecidas. Segundo o MJSP, 80 mil pessoas desaparecem todos os anos no Brasil e apenas 3 mil famílias estão cadastradas no Banco Nacional de Perfis Genéticos.
De acordo com o superintendente da SPTC, Marcos Egberto Brasil de Melo, o trabalho de coleta já era realizado pela Polícia Científica, mas agora será intensificado.
“O objetivo é que o maior número de familiares de pessoas desaparecidas, que pode chegar a 600 indivíduos, procurem nossas unidades. Com isso, podemos aumentar nossa base de comparação e, possivelmente, identificar aqueles cadáveres que haviam sido encontrados, mas ainda estavam como não identificados. Essa resposta dá para as famílias um sentimento de fechamento, de alívio por saber o destino de seu ente querido, mesmo que tenha falecido”, pontua.
Após a coleta, o material será analisado e o perfil genético inserido, então, no Banco Nacional de Perfis Genéticos.
“A gente vai extrair o DNA desses materiais, no Brasil inteiro, e nós vamos colocar no Banco de Dados, que se comunica entre os Estados e possibilita confrontar as amostrar desses familiares e/ou objetos, com cadáveres ou pessoas vivas que ainda não tenham a identidade conhecida, possibilitando uma possível identificação pelo DNA”, destaca a coordenadora do Laboratório de Biologia e DNA Forense (LBDF) do Instituto de Criminalística, perita criminal Laryssa Silva.
A coordenadora do Núcleo da Polícia Técnico Científica em Rio Verde, Gabriela Silva Almeida lembra que para se ter maior efetividade do cruzamento de dados, a recomendação é que a coleta seja feita dos familiares de primeiro grau do desaparecido.
“ A preferência é que sejam pai, mãe, filhos ou irmãos. E ainda, se ainda tiverem, um objeto de uso pessoal dessa pessoa desaparecida, como escova ou aparelho dental por exemplo, podem levar junto ao local da coleta.”, ressalta a perita criminal. “Aqui a gente vai coletar a saliva, uma esponjinha que a gente passa na bochecha da pessoa. Não dói e é super rápido”, completa.
Além da cidade de Rio Verde, no interior do estado, nas regiões Sul e Sudoeste goiano, os familiares podem procurar a cidade de Quirinópolis, Jataí, Itumbiara e Mineiros, que possuem os locais da Polícia e poderão realizar essa coleta voluntária.
Fonte: Secretaria de Estado da Segurança Pública – Governo de Goiás
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