sexta-feira, 19 de abril de 2024

Pesquisadora rio-verdense ganha prêmio da Unesco por identificar modo de deixar a soja mais resistente

POR Ana Carolina Morais | 08/11/2020
Pesquisadora rio-verdense ganha prêmio da Unesco por identificar modo de deixar a soja mais resistente

Reprodução / TV Anhanguera

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A pesquisadora Fernanda Farnese, junto ao Instituto Federal Goiano (IFG) de Rio Verde, identificou uma substância que consegue deixar a soja mais resistente aos períodos de seca, e por isso, conquistou um prêmio de R$ 50 mil da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). “Foi até difícil de acreditar no início. Foi uma das maiores emoções da minha carreira”, comemorou a estudiosa.

 

 

O material descoberto é o óxido nítrico, um gás natural que pode ser aplicado diretamente na soja, concedendo mais resistência à planta aos períodos de temperaturas altas e falta de chuva.

 

 

“Nós estamos testando uma tecnologia que torna a planta mais tolerante à seca e permite que ela produza mais, mesmo em condição de seca. Isso é importantíssimo, porque aumenta a produtividade e diminui a dependência dos recursos hídricos”, explica Fernanda.

 

 

A premiação faz parte do programa “Ciência Para Mulheres”, e a categoria conquistada foi a “Ciências da Vida”. A pesquisadora irá investir o valor do prêmio na compra de reagentes e equipamentos para o laboratório, afim de finalizar o estudo que é realizado há dois anos.

 

 

“De forma inicial, estamos fazendo a testagem na soja, mas, futuramente, a ideia é testar em outras culturas, algo muito positivo para o agronegócio”, conta Fernanda. Segundo ela, a pesquisa ainda está em fase experimental, de testes em laboratório. “Acredito que será uma tecnologia que não vai demorar muito para chegar até o agricultor”, revela.

 

 

Se for comprovada a eficácia da utilização da substância, esta será uma medida fundamental para manter a produção das lavouras, uma vez que diversos estudos apontam indícios de períodos intensos de estiagem ocorrendo com mais frequência. “A partir dessa pesquisa, queremos diminuir o impacto da seca nas plantas”, finaliza.

 

 

O programa que premiou a rio-verdense distribui mais de R$ 4,5 milhões em bolsas-auxílio para pesquisadoras de todo o Brasil. Até então, mais de 100 cientistas já foram reconhecidas devido à relevância de seus trabalhos.

 

 

Com informações do G1 Goiás

 

 

 

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