A Polícia Civil de Goiás, através do Grupo Especial de Investigações Criminais (Geic) da 8ª Delegacia Regional de Rio Verde, com apoio operacional das Polícias Civis de Catalão e Formosa, realizou a prisão de quatro integrantes de uma associação criminosa nesta quinta-feira (3). O grupo é investigado pela prática do crime de estelionato virtual, fato ocorrido no mês de fevereiro, em Rio Verde, quando uma empresa de grãos teve prejuízo de R$ 235 mil.

Durante coletiva de impressa, realizada na manhã desta sexta-feira (4), o delegado Caio Martinez falou sobre a operação, onde foram realizadas diversas diligências cibernéticas e análise de dados bancários para chegar nos alvos.

O presidente da ACIRV (Associação Comercial, Industrial e Serviços de Rio Verde), Eduardo Lobo, esteve presente na coletiva e elogiou o trabalho da Polícia Civil. O presidente comentou que recebe uma demanda das empresas ligadas a ACIRV, sobre golpes nesse ramo. Assim, a associação firmou uma parceria com a PC com o intuito de fornecer mais informações às empresas para prevenir o número de golpes aplicados.

Entenda o caso: 

Segundo o delegado, os autores contataram um comprador de grãos, por meio de mensagens de celular, simulando ser um conhecido corretor do produto. Eles ofereceram R$ 1,1 milhão em 7 mil sacas de soja. Os golpistas informaram que o produto estava sendo vendido por uma empresa legítima do ramo agrícola, situada na zona rural de Ipameri. 

Na data de hoje (03/08/23), a Polícia Civil de Rio Verde/GO, através do GEIC, com o apoio operacional das Polícias Civis de Catalão/GO e Formosa/GO, realizou a prisão de quatro integrantes de uma associação criminosa. 

Assim, os falsos corretores contaram à vítima que ela deveria se deslocar ao local para carregar as sacas de soja e que, para a liberação da mercadoria, sendo necessário um adiantamento no valor de R$ 235.000,00. Nesse processo, os golpistam entratam em contato com a empresa de grãos, indicando a negociação e autorizando o carregamento do produto. 

O vendedor concordou e disse que, assim que o pagamento se desse nos termos acordados, liberaria a mercadoria. Mas, os golpistas informaram aos compradores que o pagamento referente à liberação da carga deveria ser feito noutra conta, e não na conta da empresa responsável pela venda do bem. Afirmando que gestor da empresa havia autorizado. 

Os compradores promoveram o adiantamento solicitado e foram até a cidade de Ipameri/GO. Ao chegarem no local, não conseguiram carregar as sacas de soja. A empresa responsável pela sua venda não liberou o produto, já que não recebeu o pagamento, sendo que o dinheiro devido foi, na verdade, enviado para a conta dos golpistas.

Além da prisão de quatro pessoas, sendo três em Catalão e uma em Formosa, resultou no bloqueio judicial de dois veículos automotores e de valores em contas bancárias, visando-se, assim, o ressarcimento das vítimas.