quinta-feira, 18 de abril de 2024

"O foco na melhoria da qualidade de água é o Córrego do Sapo" é o que afirma o analista ambiental da SEMMA

POR Jornal Somos | 05/12/2018

Carlos Henrique Maia é analista ambiental da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e conversou com SOMOS sobre o projeto Águas Claras.

Foto: Jornal Somos

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Em entrevista anterior com Marion Kompier, secretária do Meio Ambiente (link no final do texto), foi afirmado por ela que "o principal foco para 2019 é seguir com os nossos 6 principais projetos e ampliá-los". Entre esses seis, um dos destaques é o Projeto Águas Claras, que pretende melhorar a qualidade dos cursos d'água urbanos. Falamos com Carlos Henrique Maia, analista ambiental da Secretaria do Meio Ambiente responsável pelo projeto e ele nos esclareceu sobre o que se trata o programa.

 

"O principal foco atual é o Córrego do Sapo, a maior bacia da área urbana. Para que conseguíssemos melhorar a qualidade dele, foi necessária a junção com parceiros, como a BRK Ambiental e o Instituto Federal Goiano", ele explica, "Para melhorar a quaidade de um curso de água urbano, é necessário saber como ele está sendo poluído. Existem as poluições pontual - caracterizada por lugares que conseguimos saber que é um ponto, como tubos que descartam dejetos no curso d'água - e a poluição difusa - por exemplo, uma chuva que lava a cidade e deságua no curso, poluindo com dejetos que não tem a origem identificada".

 

"Primeiramente decidimos combater a poluição pontual. Identificamos que a principal fonte são as residências às margens do córrego, que não conseguem descartar o esgoto na rede que fica na rua, e acaba despejando diretamente no curso d'água. De modo indireto, também as pessoas fazem uma fossa, que mal construída, acaba fazendo com que a poluição adentre o solo e tem polui a água, o que chamamos de fossa rudimentar", Carlos afirma. 

 

"Então o projeto identificou essas residências e juntamente com os parceiros visitamos 400 residências entre novembro de 2017 e março desse ano para mapeando como estava a situação e agora o próximo passo é saber qual é a condição social desses moradores. Existem pessoas que moram ali e tem um poder aquisitivo bons e existem pessoas que moram por necessidade. É óbvio que as pessoas de baixa renda por ali não tem condições de adaptar a fossa por um modelo mais seguro, então vamos fornecê-los a verba para a construção e exigiremos a construção daqueles que podem pagar com o objetivo de eliminar essa poluição pontual", ele finaliza.

 

Ainda segundo Carlos Henrique, os peixes do córrego estão sendo usados para a identificação da qualidade da água do curso: "Os peixes estão sendo coletados e abertos e de acordo com a observação do trato intestinal é identificada a qualidade da água".

 

"Temos quatro pontos no córrego em que a gente coleta a água - já fizemos duas - e hoje temos condições de dizer por meio de medição como está a qualidade. As coletas e valores serão disponibilizados no site e os dados serão explicados para o melhor entendimento da população. Ao falar para alguma pessoa que não é da área que o pH encontrado foi um valor, essa pessoa não vai entender, mas ao dizer se a qualidade é boa, ruim, péssima, o índice transforma os valores em uma linguagem mais fácil para quem não é da área", ele conclui.

 

 

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