quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Carlos Henrique Maia é analista ambiental da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e conversou com SOMOS sobre o projeto Águas Claras.
Redação Jornal Somos
Em entrevista anterior com Marion Kompier, secretária do Meio Ambiente (link no final do texto), foi afirmado por ela que "o principal foco para 2019 é seguir com os nossos 6 principais projetos e ampliá-los". Entre esses seis, um dos destaques é o Projeto Águas Claras, que pretende melhorar a qualidade dos cursos d'água urbanos. Falamos com Carlos Henrique Maia, analista ambiental da Secretaria do Meio Ambiente responsável pelo projeto e ele nos esclareceu sobre o que se trata o programa.
"O principal foco atual é o Córrego do Sapo, a maior bacia da área urbana. Para que conseguíssemos melhorar a qualidade dele, foi necessária a junção com parceiros, como a BRK Ambiental e o Instituto Federal Goiano", ele explica, "Para melhorar a quaidade de um curso de água urbano, é necessário saber como ele está sendo poluído. Existem as poluições pontual - caracterizada por lugares que conseguimos saber que é um ponto, como tubos que descartam dejetos no curso d'água - e a poluição difusa - por exemplo, uma chuva que lava a cidade e deságua no curso, poluindo com dejetos que não tem a origem identificada".
"Primeiramente decidimos combater a poluição pontual. Identificamos que a principal fonte são as residências às margens do córrego, que não conseguem descartar o esgoto na rede que fica na rua, e acaba despejando diretamente no curso d'água. De modo indireto, também as pessoas fazem uma fossa, que mal construída, acaba fazendo com que a poluição adentre o solo e tem polui a água, o que chamamos de fossa rudimentar", Carlos afirma.
"Então o projeto identificou essas residências e juntamente com os parceiros visitamos 400 residências entre novembro de 2017 e março desse ano para mapeando como estava a situação e agora o próximo passo é saber qual é a condição social desses moradores. Existem pessoas que moram ali e tem um poder aquisitivo bons e existem pessoas que moram por necessidade. É óbvio que as pessoas de baixa renda por ali não tem condições de adaptar a fossa por um modelo mais seguro, então vamos fornecê-los a verba para a construção e exigiremos a construção daqueles que podem pagar com o objetivo de eliminar essa poluição pontual", ele finaliza.
Ainda segundo Carlos Henrique, os peixes do córrego estão sendo usados para a identificação da qualidade da água do curso: "Os peixes estão sendo coletados e abertos e de acordo com a observação do trato intestinal é identificada a qualidade da água".
"Temos quatro pontos no córrego em que a gente coleta a água - já fizemos duas - e hoje temos condições de dizer por meio de medição como está a qualidade. As coletas e valores serão disponibilizados no site e os dados serão explicados para o melhor entendimento da população. Ao falar para alguma pessoa que não é da área que o pH encontrado foi um valor, essa pessoa não vai entender, mas ao dizer se a qualidade é boa, ruim, péssima, o índice transforma os valores em uma linguagem mais fácil para quem não é da área", ele conclui.
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