A Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) notificou mais de 33 mil casos de dengue em Goiás neste ano. De acordo com a pasta, Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis – as três cidades mais populosas – concentram o maior número de ocorrências. Os dados foram divulgados pela secretaria no fim de Abril. O último boletim divulgado pela SES-GO revela ainda que 34 mortes podem ter relação com a doença. Existem quatro tipos do vírus da dengue: O DEN-1, o DEN-2, o DEN-3 e o DEN-4. Eles causam sintomas semelhantes. A diferença é que, cada vez que a pessoa pega um tipo do vírus, não pode mais ser infectado por ele.

De acordo com os dados, há 19 óbitos suspeitos de dengue em Goiás, em 11 municípios. Desse total, 7 foram registrados em Goiânia e 3 em Posse. Os demais foram notificados em Rio Verde,Caldas Novas, Ceres, Formosa, Morro Agudo de Goiás, São Luís do Norte, Senador Canedo, Silvânia e Turvânia, cada cidade com 1 caso.

A dengue é transmitida por mosquito, conhecido como Aedes Aegypti. A larva do mosquito se desenvolve em água parada, seja ela limpa ou suja, e por isso a prevenção é tão importante. Portanto, a melhor maneira de evitar a transmissão da dengue é impedir a propagação do mosquito transmissor.

Para isso, se torna essencial manter vasos sanitários, grelhas de banheiros desativados fechados, recipiente de degelo atrás da geladeira limpo e evitar baldes de limpeza com água guardada. Além disso, ele diz, no quintal é fundamental que a caixa d'água esteja vedada, assim como tampas de cisternas e fossas. As calhas devem ser mantidas limpas, assim como os bebedouros de animais, vasos de plantas e aparadores com areia.

Henrique Curtes, gerente de endemias de Rio Verde, falou sobre a atuação dos órgãos municipais no cuidado.

“O nosso trabalho acontece assim: são 110 mil imóveis em Rio Verde, portanto, a nossa equipe consegue fazer apenas uma visita a cada 30 dias em cada domicílio, mas o ciclo do mosquito acontece a cada 10 dias, então, o nosso agente consegue interromper uma vez por mês apenas esse ciclo, nos dias restantes, a população tem que nos ajudar a cuidar do imóvel”.

De acordo com Henrique, o LIRA – Levantamento de Índice Rápido demonstrou que 80% dos focos estão nas residências, revelando que a população não está fazendo totalmente a sua parte.

“Nós conseguimos fazer apenas uma visita a cada 30 dias, se a população não nos ajudar, não conseguiremos. O município está em epidemia.”

Além de ações de prevenção, outro fator que dificulta o trabalho da equipe de endemias pode ser a pessoa não notificar a doença.

“Outra coisa que dificulta o nosso trabalho é o morador não notificar quando está com sintomas, muitos não vão aos postos de saúde ou aos hospitais particulares. Através da notificação que nós vamos poder saber qual região está acontecendo o foco e conseguir fazer o bloqueio”.

Portanto, se cada um fizer a sua parte, a dengue será um desafio vencido.