quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Microexplosão em Rio Verde: entenda o fenômeno que causou ventos extremos e granizo na cidade

POR Marcos Paulo dos Santos | 26/11/2025
Microexplosão em Rio Verde: entenda o fenômeno que causou ventos extremos e granizo na cidade

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O temporal que atingiu Rio Verde entre domingo (23) e segunda-feira (24) trouxe chuvas intensas, ventos muito fortes e queda de granizo. Segundo especialistas, essa combinação de fatores caracteriza um fenômeno meteorológico conhecido como microexplosão, ou downburst.

 

A microexplosão ocorre quando uma massa de ar dentro de uma nuvem de tempestade sofre um resfriamento abrupto e despenca em alta velocidade em direção ao solo. Conforme explicou recentemente o meteorologista Franco Vilela, do Inmet, essa queda gera ventos intensos ao atingir a superfície.

 

O termo, derivado do inglês microburst ou downburst, significa “rajadas descendentes”. De acordo com o meteorologista Ernesto Alvin Grammelsbacher, da Defesa Civil de São Paulo, trata-se do colapso de uma corrente de ar dentro da tempestade, formando uma espécie de “cortina” de chuva ou poeira que se espalha rapidamente pelo chão. Apesar de durar poucos minutos — geralmente entre 5 e 15 — o fenômeno pode afetar áreas de até 4 km de diâmetro.

 

Por envolver ventos horizontais extremamente fortes e súbitos, a microexplosão é especialmente perigosa para a aviação durante pousos e decolagens.

 

Segundo especialistas do Cepagri/Unicamp, o fenômeno pode ocorrer em várias épocas do ano, mas é mais comum em estações de transição, quando há maiores contrastes de temperatura. Embora não seja frequente, também não é considerado anômalo, fazendo parte do grupo de eventos severos que podem ocorrer de forma esporádica.

 

Diante das condições registradas, o Inmet alerta para riscos de quedas de árvores, danos em plantações, alagamentos e interrupções no fornecimento de energia em Goiás. Em situações de ventos fortes, o instituto orienta a população a:

 

  1. Evitar se abrigar sob árvores, que podem cair ou atrair descargas elétricas;
  2. Não estacionar veículos perto de torres de transmissão e placas de publicidade;
  3. Desligar aparelhos elétricos e o quadro geral de energia, se possível;
  4. Buscar informações junto à Defesa Civil (199) ou ao Corpo de Bombeiros (193).

 

 

Com informações de UOL.

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