A mamãe rio-verdense Ana Isabela relatou em sua página no Facebook que nunca havia se importado com representatividade até a chegada de sua filha, Esther Luiza, de 4 anos. E foi este post contando um pedido inusitado de sua pequena que viralizou e comoveu a web nos últimos dias.

Elas assistiam juntas a premiação do Miss Universo 2019, que coroou como campeã Zozibini Tunzi, da África do Sul, quando Esther pediu à mãe, que é fotógrafa, um ensaio inspirado na modelo. “Mamãe, que linda ela né, eu sou da cor dela né mamãe! Não quero mais ser a Rapunzel, agora quero ser a Miss Universo! A gente podia tirar umas ‘fotinhas’ assim igualzinha ela né mamãe!?”, disse a menina.

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— Jornal Somos (@JornalSomos) December 13, 2019

A roupa para as fotos foram feitas com o auxílio de uma amiga costureira de Ana Isabel, que cedeu um retalho de uma barra de vestido para realizarem a réplica fiel a sua inspiração. Até o momento, a publicação com as fotos e o emocionante relato conquistou 31 mil likes, 2,8 mil comentários e 12 mil compartilhamentos, sendo reproduzida também em diversas páginas de grande alcance, todos comovidos com a história relatada.

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Em conversa com o Jornal Somos, a mãe revelou que não esperava tamanha repercussão. “Como sou fotógrafa, já temos o hábito de fazer mini-ensaios, e quando ela me pediu para reproduzir a miss, não pude recusar. Achei ela tão linda no resultado que resolvi postar, mas de maneira totalmente despretensiosa”, confessou.

Ainda sobre o movimento causado na Internet, a matriarca afirmou que temeu receber comentários maldosos, mas os internautas além de se emocionarem, se identificaram com o relato. “Fiquei muito feliz, pois a princípio quando percebi que estava ‘viralizando’ meu maior medo foi minha pequena receber comentários preconceituosos. Mas até o momento são só demonstrações de carinho e empatia, então para mim como mãe só resta alegria”, contou Ana.

A mãe ainda explicou na postagem que a pequena miss, antes, desejava alisar e pintar o cabelo para se assemelhar à Rapunzel. A mensagem principal que restou foi sobre a imensa importância de se sentir inserido. Para a Ana Isabela, a representatividade “é fundamental. Por mais que trabalhemos a questão da aceitação e amor próprio, ter algo que alimente a parte de fantasia e imaginação dos pequenos é totalmente singular”.

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Para quem acha que este assunto é balela, a fotógrafa manda o recado: “olhe com mais carinho, pois normalmente essa opinião é expressa por quem não teve experiências ou não vivencia em seu cotidiano situações em que a representatividade faz tanta falta”.

E que o discurso de empatia, representatividade e amor próprio e ao próximo reverbere cada vez mais não só nas redes sociais, mas mundo afora.